12 Janeiro 2021
O ano mal começou e lideranças evangélicas, junto com a sua bancada na Câmara, articula lobby para a indicação daquele ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) “terrivelmente evangélico”. A vaga será aberta devido a aposentadoria compulsória do ministro Marco Aurélio Mello, em 12 de julho próximo, quando ele estará completando 75 anos de idade.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Líderes evangélicos, como Silas Malafaia e o novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), saíram frustrados quando da indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o STF, apadrinhado pelos senadores Ciro Nogueira, do Centrão, e pelo Zero Um, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), este denunciado pelo Ministério Público em razão das “rachadinhas”. Kassio ocupou a vaga de Celso de Mello, que se aposentou em outubro.
Pastores e políticos evangélicos não querem se frustrar mais uma vez. Se naquela oportunidade levaram quatro nomes a Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello, agora procuram se articular em torno de um nome: o ministro da Justiça, André Mendonça, revela matéria de Laryssa Borges e Nonato Viegas, publicada no site da revista Veja. Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília.
Os evangélicos jogam com o peso da sua representação na Câmara, com cerca de 140 deputados, que pode ser decisiva em qualquer votação pró-Bolsonaro. “É justo termos representação no Judiciário também. Tenho certeza de que o presidente, sabendo que os evangélicos são grande parte de seus apoiadores e contribuíram para a sua eleição, está fazendo a construção do nome de um jurista que siga nossa religião”, declarou Cezinha de Madureira.
Ainda assim, a “reza” não é unânime e aparece outro nome na disputa: o procurador do Ministério Público do Distrito Federal e também pastor da Igreja Presbiteriana, José Eduardo Sabo Paes. O presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos, Uziel Santana, teve audiências com Bolsonaro e com o ministro Luiz Fux ao lado de Sabo Paes para debater medidas de combate à corrupção. “Mas, claro, acabamos tratando também da sucessão de Marco Aurélio”, confessou Santana para a Veja.
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Bancada evangélica se movimenta para a indicação do novo ministro do STF - Instituto Humanitas Unisinos - IHU