Evento, que é mais uma iniciativa do “Tempo da Criação”, reúne palestrantes do Brasil, Angola, Moçambique e Portugal
Embora muitos ainda neguem e relutem em reconhecer, a pobreza e a grande desigualdade social, verdadeiros ataques aos princípios dos Direitos Humanos, têm relação direta com as alterações climáticas. Assim, para destacar a importância da articulação de ações que deem conta desses problemas, o “Tempo da Criação” (uma iniciativa ecumênica que reúne a comunidade global na superação da crise socioambiental) promove a conferência intitulada “O Clamor da Terra e o Clamor dos Pobres” - Alterações Climáticas, Direitos Humanos e Pobreza: A urgência de agir. A atividade, online e gratuita, ocorre no sábado, 26 de setembro, a partir das 14 horas (horário de Brasília) e terá tradução simultânea para Espanhol, Inglês e Italiano. As inscrições podem ser feitas aqui.
Com promoção do Movimento Católico Global pelo Clima, Comissão Justiça, Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, Instituto Humanitas Unisinos - IHU e Rede Cuidar da Casa Comum, o objetivo da conferência é proporcionar diálogo e reflexão, numa formação sobre o impacto das alterações climáticas nos Direitos Humanos e na pobreza, inspirado pelo método “Ver, Julgar e Agir” do Pensamento Social Cristão. Os palestrantes são a socióloga Lúcia Chande, de Moçambique; Juan Ambrósio, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (de Portugal) e integrante da coordenação da Rede Cuidar da Casa Comum; Celestino Epalanga, jesuíta, secretário geral da Comissão Episcopal de Justiça e Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé; e Lucas Henrique da Luz, diretor-adjunto do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
Essas ações do ‘Tempo da Criação’ visam celebrar mais um aniversário da Encíclica Laudato Si' e recuperar o debate proposto pelo papa no documento sobre a emergência do ‘cuidado com a casa comum’. Nesse período de pandemia, se torna ainda mais urgente a promoção de uma conversão ecológica, como ressalta o pontífice. No documento, o Papa Francisco enfatiza “a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta”, bem como a necessidade de “procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia” (LS 16), tendo presente que “toda a abordagem ecológica deve integrar uma perspectiva social que tenha em conta os direitos fundamentais dos mais desfavorecidos” (LS 93).