24 Agosto 2020
Os sermões também podem manter o coronavírus sob controle. Desde que sejam breves, para evitar que os fiéis fiquem muito tempo dentro da igreja, correndo o risco de se contagiarem.
A reportagem é de Giovanni Panettiere, publicada em Quotidiano.net, 20-08-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Enquanto na Itália a Conferência Episcopal retomou os coros durante a missa há alguns dias, nos Estados Unidos um arcebispo estabeleceu um limite de tempo para a duração das homilias dos padres da diocese. A pena será a proibição de pregar durante a missa.
Cinco minutos podem ser suficientes, segundo Dom John Wester, 70 anos, ordinário de Santa Fe, voz incansável em favor dos pobres e dos imigrantes na “America First” de Donald Trump.
Relógio na mão: assim, as celebrações eucarísticas não devem se prolongar por pouco mais de meia hora. A notícia dessa medida foi dada pela rede de mídias católicas conservadoras CNA/EWTN, segundo a qual a medida seria funcional para conter o vírus.
A confirmação vem do vigário-geral de Santa Fe, Glennon Jones, para quem “homilias longas demais aumentam o risco de infecções”, induzindo os fiéis a não se apresentarem na igreja.
Há alguns anos, quando a maioria não sabia sequer o que era o coronavírus, foi o próprio Papa Francisco que recomendou aos padres “pregações bem preparadas e breves”.
O pioneiro, nesse sentido, pelo menos na era contemporânea, havia sido o cardeal filipino Ricardo Vidal, em 2004. O purpurado, que faleceu em 2017, virou notícia por ter dado a cada presbítero da diocese um despertador, a fim de lhes dar as melhores condições possíveis para evitar que eles falassem demais. As homilias, se forem longas demais, ele costumava repetir, “podem se transformar em uma catástrofe” para quem vai à missa.
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Coronavírus. O apelo de um bispo: “Homilias curtas, ou vamos nos contagiar” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU