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“Maria Madalena, prostituta, é a amiga íntima de Jesus”. Entrevista com Jean Pierre Brice Olivier

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23 Julho 2020

Que mensagem Jesus nos dá quando escolhe uma prostituta como a primeira testemunha de sua ressurreição? Para o frade dominicano Jean Pierre Brice Olivier, Santa Maria Madalena, cuja festa é celebrada no dia 22 de julho, é a figura da humanidade pecadora que é ao mesmo tempo a esposa de Cristo.

A entrevista é de Alexia Vidot, publicada por La Vie, 22-07-2020. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro, Maria de Magdala, de quem foram expulsos sete demônios, e a mulher pecadora do banquete na casa de Simão, são a mesma Maria Madalena como a Tradição nos relata?

É fácil e tentador reunir essas três mulheres em uma só, tanto elas se parecem – o que eu faço naturalmente e por causa da minha tradição. Suas atitudes apresentam, com efeito, semelhanças perturbadoras. Em Betânia, na morte de Lázaro ou na casa de Simão, na unção, na cruz ou no sepulcro, elas estão sempre aos pés de Jesus. Muitas vezes choram. E ao longo dos Evangelhos, elas ocupam um lugar privilegiado – o primeiro.

Certamente, os estudiosos estão se esforçando para saber se havia, sob a mesma denominação, uma única mulher, ou duas ou três. Eles discutem o caráter fictício ou não da personagem. É um debate complicado! Mas isso me incomoda, porque penso que Maria Madalena ultrapassa tudo isso... Ela é a figura da humanidade pecadora que é ao mesmo tempo a esposa de Cristo. Essa prostitua que é amiga íntima de Jesus sou eu e é a humanidade.

O que ela diz sobre a nossa humanidade?

Ela nos diz realmente a humanidade como ela é, naquilo que a Igreja chama de pecado, trancada em seus limites, em seus desejos, nessa encarnação que a transborda e a supera, e no cerne da qual, de repente, Jesus revela que apenas o ato de amar conta. Sim, essa humanidade que tendemos a olhar nas suas trevas, nas suas abdicações, em tudo que é feio, Deus, seu Criador, a contempla com amor, ele a encontra esplêndida, gloriosa, mesmo em suas decepções, suas lutas e combates. Por quê? Porque ela quer amar. O resto, aos olhos Dele, não importa. Esta é a maior revelação feita aos humanos!

Amar, mesmo à custa de certa perdição, seria a nossa vocação?

Sim, e não podemos deixar de nos perder! Porque quando se trata do amor, estamos perdidos. O que é amar? O amor que queremos dar, que queremos receber, o que é? As pessoas ao meu redor – os parentes, a Igreja, os defensores da moralidade, etc. – sabem e me dizem o que devo fazer, e todas essas proibições morais me perdem mais ainda. Mas como o amor é mais poderoso que eu, se quero expressá-lo, tenho que me arriscar a me perder. Faço tentativas, ando em círculos e, às vezes, me engano. Maria Madalena, esta profissional do amor cujo segredo foi sempre querer amar, aprendeu que amar é sempre um risco, um perigo às vezes crucificante, mortal.

Então, sim, ela se perdeu em sua carne, talvez em sua sexualidade, mas o que Jesus disse no banquete? “Seus muitos pecados lhe são perdoados porque ela demonstrou muito amor” (Lucas 7, 47). Ela não acabou de expressar o amor a ele de repente, no instante em que derrama óleo nos pés que ela beija. É durante toda a sua vida. E Jesus lhe confirma que é isso que deve ser feito. Enquanto faz o elogio de Maria Madalena, Jesus caçoa de Simão, figura do moralista obcecado tanto pelo pecado quanto pela lei, e isso me encanta sobremaneira! Assim como o diálogo com a mulher samaritana que tinha cinco maridos e a quem Jesus disse a mesma coisa: perder-se para amar não é pecado, já que se quer amar. É uma palavra que liberta e desculpabiliza!

E que pode chocar em um mundo muito puritano... Mas o “querer amar” é sempre necessariamente bom?

Talvez ela choque hoje mais do que ontem, mas o Evangelho permanece o mesmo: ele não se interessa pela moral. Ele não sobrecarrega nem condena aqueles que se debatem em sua encarnação, aqueles que sofrem, inclusive em sua própria sexualidade. Pelo contrário: ele o ajuda e o apoia e o liberta. A liberdade está neste não julgamento de Deus. No entanto, eu faço uma distinção entre amor e sentimento. A santa compreendeu que amar não é da ordem sentimental, essa coisa pegajosa e inoportuna. Esta coisa a que estou sujeito, que não controlo, mas que posso aprender a administrar. O amor é uma vontade, a de ser para o outro. Ele é uma doação total de si mesmo. E nisso há algo de absolutamente verdadeiro e indiscutível que escapa a tudo.

Certamente, Jesus manda amar, mas como ele, à sua maneira...

Para mim, não há diferença entre a doação de amor de Jesus, que entrega seu corpo como alimento não apenas na cruz, mas durante toda a sua vida, e a doação de amor de Maria Madalena até em sua carne e que também é de toda a sua vida. Ela sempre foi a mesma mulher, apesar dos diferentes julgamentos que sucessivamente a proclamaram “pecadora” e depois “santa”. Ela não tinha necessidade de conversão: mesmo quando era prostituta, era virgem. E sua conversão consiste em acreditar nisso! Acreditar que ela é amada, perdoada, inocente. Nós falamos o tempo todo do pecado original, e isso é aterrorizante, mas na origem, está primeiramente a nossa inocência em Deus e com Deus.

Daí o título da sua obra: Sainte Marie Madeleine. Vierge et prostituée (Santa Maria Madalena. Virgem e prostituta). Longe de ser uma perfeição moral, a virgindade seria uma atitude espiritual?

Ela é de fato uma qualidade particular de ser, de relação, de presença no mundo e de morada na criação. Ela é uma faculdade de encontro, da ordem da abertura radical a um outro. Uma presença integral de si mesmo que nunca tenta dominar ou abafar, que não conhece a rivalidade. Ser virgem é ser sem a priori, sem casa definida, sempre aberto ao imprevisto, ao desconhecido, à novidade. Tudo é possível, tudo pode acontecer comigo, porque estou disponível para Deus, que renova todas as coisas, mas também para a vida, para o mundo, para os acontecimentos. Assim, Maria Madalena é virgem de coração.

 

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