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‘Tecnolatria’ ou o perigo de pensar que só a inovação nos salvará da crise climática

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15 Julho 2020

Um gigantesco sistema de diques para evitar que o aumento do mar engula Veneza. Esta infraestrutura de aço, denominada Módulo Sperimentale Elettromeccanico (MOSE), foi testada com êxito na lagoa que cerca a cidade italiana para buscar mitigar os efeitos de algumas inundações que, por causa da crise climática, se tornaram mais comuns e daninhas do que nunca. O muro, que emergirá do fundo marinho em tempos de acqua alta, pode ser uma ferramenta útil contra as severas consequências que o aquecimento do planeta desencadeará. Não por acaso, estas estruturas de metal amarelas correm o risco de ser entendidas, mais do que como ferramenta, como salvação messiânica contra a emergência climática para aqueles povos litorâneos ameaçados pelo aumento do nível do mar.

A reportagem é de Alejandro Tena, publicada por Público, 14-07-2020. A tradução é do Cepat.

Esta ideia simples é a denominada tecnolatria, ou seja, “a crença irracional em que a tecnologia é a fonte de solução de todos os problemas, incluídos os problemas que não são ‘técnicos’, conforme advertem Héctor Tejero e Emilio Santiago, autores de “Qué hacer en caso de incendio. Manifiesto por el Green New Deal (Capitán Swing). Não se trata de rejeitar os auxílios da engenharia e os avanços científicos, mas de compreender que são ferramentas paliativas que podem fazer com que a humanidade ganhe um pouco de tempo na hora de encontrar a forma como atuar sobre a raiz do problema climático.

“Existe uma grande tendência ao tecno-otimismo em certos âmbitos, dos meios de comunicação à política. De alguma forma, é algo que está muito presente em nossa sociedade, porque gostamos de pensar que algo será inventado ou construído nos oferecendo soluções totais”, explica Samuel Martín-Sosa, coautor do livro “Manual de lucha contra el cambio climático” e membro de Ecologistas em Ação, que destaca a importância de se compreender que nenhuma das inovações esboçadas no presente atuam sobre a raiz do problema, um modelo de produção que não leva em conta “os limites materiais do planeta”.

María Jesús Bravo, engenheira civil e vice-presidente do Colégio de Engenheiros Técnicos de Obras Públicas, enfatiza o poder das novas infraestruturas e da tecnologia para mitigar os impactos ambientais, mas ressalta a ideia de compreendê-las como ferramentas e não como soluções. “A engenharia não pode mudar a mentalidade de uma sociedade ou de uma pessoa que, por exemplo, não queira ter um consumo responsável do abastecimento de água ou que não queira reciclar seus resíduos”, comenta. O que, sim, este setor faz é “facilitar que a sociedade possa desfrutar de determinados avanços como o uso controlado da água ou a reciclagem”.

O problema não é a tecnologia, mas a idolatria da mesma. Essa espécie de culto à pesquisa e o desenvolvimento é o que definiu Elon Musk, CEO da Tesla, como salvador da humanidade a golpe de baterias elétricas, automóveis de luxo elétricos e o desejo de colonizar o espaço. Representa, segundo Martín-Sosa, “a arrogância da humanidade em pensar que poderemos controlar o clima”. O exemplo de Tesla, o veículo do século XXI, é o mais paradigmático: “Não há recursos para substituir todos os combustíveis fósseis por novas energias, no entanto, é um debate que não existe na sociedade, que parece ter assumido que no futuro só haverá tais tipos de carros elétricos”.

As soluções ao impacto das tempestades no leste podem ser outro exemplo de como a sociedade pode ver na engenharia uma falsa solução para um problema de dimensões globais. Bravo destaca como os efeitos das inundações do litoral espanhol – cada vez mais frequentes pela crise climática – podem ser reduzidos com obras e canalizações, no entanto, coloca o foco na raiz do problema: “Esse problema concreto tem a ver com a existência de muitas construções onde não devem. O mar e os rios têm o seu espaço e o ser humano tentou se expandir ao máximo”.

A indústria agrícola, responsável por 24% das emissões globais, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), também viu na tecnologia uma forma de produção intensiva. Um exemplo disso são as floating farms (granjas flutuantes), desenvolvidas no porto de Roterdã, Holanda. Essa invenção, pioneira pelo reaproveitamento de resíduos e o uso de energias limpas, foi criticada pelos coletivos ecologistas e animalistas, já que, para além das inovadoras instalações, não cumpre com as demandas do IPCC em modificar os usos do solo e diminuir a produção de carne.

Mais do que como solução, Martín-Sosa exalta o papel da tecnologia “como ferramenta” e destaca a necessidade de canalizar toda a inovação gerada para uma perspectiva de vida diferente e “com outro tipo de governança muito mais democrática”. Em resumo, trata-se de aceitar o paradigma da mobilidade elétrica e a tornar comum, para que o carro sustentável não descanse em uma garagem privada e seja compartilhado, ou para abraçar a energia solar como alternativa, mas a partir de uma perspectiva distante do negócio das multinacionais e a serviço dos modelos cooperativos.

O auxílio da tecnologia, dos projetos de engenharia e obras públicas é fundamental. Sobretudo a partir de uma escala mais local e europeia, no entanto, Martín-Sosa coloca o foco em como a inovação aumentará a distância entre aqueles estados que, como a Itália, podem investir em um grande dique que combata o aumento do nível do mar, e aqueles situados no cone sul que, dentro de algumas décadas, podem ser engolidos pelo oceano. “Não basta pensar só na tecnologia, precisamos de uma mudança da organização social”, conclui.

 

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