A menor presença de mulheres acontece entre médicos gerais.
A Região Metropolitana de Porto Alegre possuía 133,1 mil pessoas ocupando postos de trabalho na área da saúde. Aproximadamente, 77% desse total de trabalhadores da saúde são mulheres, sendo que a maior parte delas recebem até 2 salários mínimos, enquanto a maior parte dos homens estão concentrados na faixa acima de 20 salários mínimos.
Esses dados fazem parte do estudo “Mundo do trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre” desenvolvido pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos e o Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas. Como se trata de dados trimestrais com muitas variáveis, serão publicados textos com temas específicos do mundo do trabalho. Nessa semana, a primeira parte do estudo apresenta um panorama dos trabalhadores da saúde.
Com uma população de 4,3 milhões dos 11,4 milhões do Rio Grande do Sul, a Região Metropolitana de Porto Alegre concentra 48% dos profissionais na área da saúde do estado, segundo os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD do primeiro trimestre de 2020.
As atividades de atendimento hospitalar concentram 50% dos profissionais da área da saúde. Pode-se perceber que na sua grande maioria a força de trabalho é feminina, 51%. No segmento das atividades de atenção ambulatorial, executadas por médicos e odontólogos, estão 29% dos trabalhadores; nas atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica, 4%. Em todas as atividades, a força de trabalho é feminina, a atividade onde existem mais homens é a de atendimento hospitalar.
A mesma situação acontece entre as ocupações analisadas, quase todas são compostas majoritariamente por mulheres. As ocupações com a maior presença de mulheres são de dentista e nutricionista. A menor presença de mulheres acontece entre médicos gerais, sendo que são ocupadas por 49%. Em números absolutos, os profissionais da enfermagem são a ocupação com o maior número de trabalhadores, reunindo 38,1 mil trabalhadores, sendo 19,6 mil ocupados por mulheres.
A faixa salarial de meio salário mínimo até 2 salários mínimos concentra 40% do total de profissionais na área da saúde e apenas 1% percebe 20 salários mínimos ou mais. Embora sejam a maioria na área da saúde, as mulheres não são maioria na faixa salarial acima de 20 salários mínimos. Entretanto, mais de 60% de homens estão concentrados nessa faixa salarial, quando comparado com as mulheres.
A força de trabalho masculina está agrupada na faixa de renda entre 2 a 3 salários mínimos com 5.767 pessoas e a feminina na faixa entre 1 a 2 salários mínimos com 20.646 pessoas nas atividades de atendimento hospitalar. Nas atividades de atenção ambulatorial, executadas por médicos e odontólogos, percebe-se que os homens estão aglomerados nas faixas de rendimentos entre 5 a 10 salários mínimos com 3.596 pessoas, enquanto as mulheres estão nas faixas 1 a 2 salários mínimos com 7.823 pessoas. As atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica os homens e as mulheres agrupam-se na faixa 1 a 2 salários mínimos com 3.040 pessoas cada. Já as atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos, os homens estão na faixa 1 a 2 salários mínimos com 1.187 pessoas e as mulheres com 3.756 estão na faixa 5 a 10 salários mínimos.
Esses dados fazem parte do estudo “Mundo do trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre” desenvolvido pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos e o Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas. Como se trata de dados trimestrais com muitas variáveis, serão publicados textos com temas específicos do mundo do trabalho. Nessa semana, a primeira parte do estudo apresentou um panorama dos trabalhadores da saúde.