21 Mai 2020
A famosa universidade britânica anunciou que não haverá aulas presenciais para o período 2020-2021. Uma decisão histórica. Muitos estudantes poderiam cancelar as matrículas.
A reportagem é de Antonello Guerrera, publicada por La Repubblica, 20-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Cambridge se rendeu ao coronavírus. A famosa universidade britânica anunciou que, como já aconteceu em parte do semestre atual, todo o ano acadêmico 2020-2021 não terá aulas presenciais, mas apenas em vídeo e a distância. É uma virada histórica, obviamente sem precedentes durante a longa história da universidade inglesa. "Tomamos essa decisão por causa das regras de emergência em curso e as normas de distanciamento social em vigor", observa a Universidade em um comunicado, "estamos prontos para atualizá-las na eventualidade de o governo fazer o mesmo".
Cambridge acrescenta que ocorrerão, com frequência ainda não clara, "mini-encontros” entre um número limitado de alunos e professores se houver as condições de segurança necessárias. Encontros regulares com os professores também estarão disponíveis, sempre respeitando o distanciamento social".
Algo similar já havia sido definido pela Universidade de Manchester nas últimas horas. Mas esta última previu "tele-aulas" apenas para o primeiro semestre de 2020-2021, pelo menos até o momento. Cambridge, ao contrário, oficialmente já decidiu desistir dos cursos tradicionais durante todo o próximo ano acadêmico. Uma notícia chocante para muitos estudantes.
É claro que muitos deles agora reavaliarão seriamente a matrícula na gloriosa Cambridge. Isso porque até agora a universidade não mencionou como as salgadíssimas mensalidades mudarão (até 9.000 libras por ano). Se a situação e os custos permanecerem assim, fica claro que muitos jovens desistirão de pagar valores semelhantes se, em troca, receberem apenas aulas em vídeo, a distância e despersonalizadas. Segundo o Daily Mail, as perdas totais, em grande parte devido ao cancelamentos de matrículas, poderiam chegar a 763 milhões de libras, ou seja, cerca de 850 milhões de euros.
E também, pergunta o Guardian, o que acontecerá com os amores que nascem no campus e as famosas festas universitárias, muitas das quais também regadas a bebidas alcoólicas? No próximo ano em Cambridge tudo isso não será possível. Assim decidiu, mais uma vez, o Covid-19.
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Reino Unido, Cambridge se rende ao coronavírus: o próximo ano acadêmico só será online - Instituto Humanitas Unisinos - IHU