Cardeal Müller vê paralelos entre o nazismo e o Caminho Sinodal alemão

Cardeal Gerhard Ludwig Müller (Fonte: Wikipédia)

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07 Fevereiro 2020

Assim como os métodos políticos de Hitler. Em declarações ao LifeSiteNews, o cardeal Gerhard Müller criticou fortemente a primeira assembleia oficial do “caminho sinodal” da Igreja alemã. Inclusive, chegou a compará-la com a Lei de habilitação dos nacional-socialistas alemães de 1933. Também disse que “rescinde a Doutrina da Igreja”, distanciando-se “da missão religiosa” da mesma.

A reportagem é publicada por Vida Nueva, 06-02-2020. A tradução é do Cepat.

Essas declarações de Müller surgem motivadas pelos objetivos do caminho sinodal alemão, que começou a refletir tal doutrina sobre aspectos como a ordenação feminina, o celibato, a homossexualidade e a contracepção. A primeira assembleia se reuniu em Frankfurt, de 30 de janeiro a 1º de fevereiro, com a presença de 230 membros sinodais presentes.

Mas o cardeal Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, considera que as decisões surgidas nesta primeira reunião - na qual um novo sistema de votação foi estabelecido – trazem consigo “um processo suicida”, no qual “a maioria decidiu que suas decisões são válidas, mesmo que contradigam a doutrina católica”.

Mudança de poderes

Por essa razão, considera que as decisões da assembleia são semelhantes às da época da história alemã, quando Adolf Hitler, com a Lei de Habilitação de 1933, anulou a Constituição de Weimar e se concedeu plenos poderes, estabelecendo, assim, legalmente sua ditadura.

“Isto é como a situação em que a Constituição de Weimar foi revogada pela Lei de Habilitação”, apontou. “Uma assembleia autoproclamada, que não está autorizada por Deus, nem pelas pessoas que supõe representar, rescinde a Constituição da Igreja do Direito Divino, que é baseada na Palavra de Deus (nas escrituras e na tradição)”.

Com a nova metodologia, a assembleia sinodal alemã agora permite que os leigos tenham mais membros com direito à voto (52%) do que os bispos e outros clérigos, que representam 30% dos membros sinodais. Uma mudança de poderes que, pelas suas palavras, Müller não está disposto a tolerar.

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