09 Janeiro 2020
As Nações Unidas lançaram um novo alarme pela “piora da situação humanitária” no noroeste da Síria, onde desde meados de dezembro, pelo menos 300.000 civis foram obrigados a abandonar as próprias casas. A zona é aquela ao sul da província de Idlib, a última nas mãos dos rebeldes e cenário de extensos combates, como destacou Mark Cutts, coordenador humanitário da ONU para a crise na Síria. Assim, o número de deslocados em Idlib sobe para mais de 700.000 nos últimos oito meses. “Muitos se refugiaram em escolas, mesquitas e outros edifícios públicos. Em Idlib faltam alimentos, abrigos e assistência, além de outros serviços básicos necessários à sobrevivência", disse Cutts, segundo o qual pelo menos 13 unidades de saúde da região foram forçadas a suspender todas as suas atividades recentemente.
A informação foi publicada por L'Osservatore Romano, 8/9-01-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Cutts também expressou preocupação com as rígidas temperaturas do inverno, que acarretam riscos adicionais para as pessoas em fuga. De fato, muitas das pessoas desabrigadas vivem em tendas e abrigos improvisados em locais inóspitos e expostos a intempéries.
Foto: Reprodução L'Osservatore Romano
Na província de Idlib, pelo menos três milhões de civis - especialmente mulheres e crianças - estão presos nas zonas de guerra. Desde abril de 2019, as forças do governo sírio leais ao presidente Assad, com o apoio da Rússia, realizam ataques aéreos na província do norte-oriental.
Após um cessar-fogo unilateral, firmado em agosto passado, as forças leais retomaram a ação militar em Idlib em 19 de dezembro.
Reprodução: Google Maps
Segundo as últimas estimativas das Nações Unidas, a ofensiva militar das forças de Damasco na província de Idlib já causou mais de 1000 mortes.
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Síria. Mais de 300.000 civis fugiram de Idlib desde meados de dezembro. Alarme da ONU no noroeste da Síria - Instituto Humanitas Unisinos - IHU