Novas (e alarmantes) evidências da emergência climática

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09 Julho 2019

Pesquisadores da Universidade de Cádiz, em colaboração com especialistas da Western Sydney University, realizaram um estudo através do qual foi possível demonstrar como os ciclos de nutrientes do solo - movimento e troca de matéria orgânica e inorgânica que é realizada para reproduzir a matéria viva - podem se dessincronizar rapidamente em resposta a um aumento no CO2 atmosférico, apesar de não haver grandes mudanças na disponibilidade desses nutrientes.

A reportagem é publicada por Nueva Tribuna, 05-07-2019. A tradução é do Cepat.

Para entender melhor esse trabalho do Departamento de Biologia da Universidade de Cádiz, é preciso levar em conta que uma relação adequada entre os ciclos de nutrientes está associada a solos mais saudáveis e funcionais, tanto em ecossistemas naturais, como nos ecossistemas agrícolas. Assim, é tão importante que os nutrientes estejam no solo, como que as relações entre eles sejam ótimas.

Assim, "a dessincronização dos ciclos de nutrientes nos ecossistemas poderia significar que os organismos não podem satisfazer sua demanda por nutrientes essenciais simultaneamente. Esse desajuste pode provocar também um funcionamento fisiológico inadequado", como explica o pesquisador Raúl Ochoa-Hueso da UCA.

Mas, esse efeito vai além das próprias plantas e de outros organismos que precisam da correta relação entre os ciclos de nutrientes, já que "mudanças nos ciclos de nutrientes podem causar uma cascata de efeitos com consequências imprevisíveis para todos os níveis tróficos, com possíveis implicações para o funcionamento e a biodiversidade destes ecossistemas", nas palavras do professor Raúl Ochoa-Hueso.

As interações entre os nutrientes do solo mudam significativamente em face de um aumento no CO2 atmosférico, algo que foi confirmado pelo trabalho realizado durante três anos nas instalações experimentais EucFACE, da Western Sydney University, e que foi publicado na revista Journal of Ecology.

Os resultados deste trabalho sugerem que tais tipos de respostas poderiam ser usados como indicadores precoces dos efeitos da mudança climática e sugerem que "pode haver consequências imprevistas, a longo prazo, se não prestarmos atenção suficiente nessas pequenas mudanças".

O experimento realizado consistiu em aumentar a quantidade de CO2 em algumas pequenas partes de um bosque de eucaliptos, no qual foram instaladas grandes estruturas que liberam CO2 continuamente.

Desta forma, foi possível aumentar o CO2 de 400 ppm, (partes por milhão - é uma unidade de medida de concentração), que há na atualidade, para 550 ppm, que é onde se prevê chegar em 2050, no ritmo atual de emissões. A partir daí, puderam realizar as pesquisas necessárias para ver as diferentes respostas do bosque para o aumento de CO2 que está sendo gerado na terra.

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