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Não posso me calar!

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14 Junho 2019

"A vida é 'ameaçada' e 'assassinada' não só no útero materno ('aborto biológico'), mas também em muitas outras situações ('aborto social'). Aliás, o 'aborto social' é, na prática (mesmo que não o seja na teoria), a 'pena de morte' institucionalizada e legalizada", escreve Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia da UFG.

Eis o artigo.

Como humanista cristão - seguidor de Jesus de Nazaré - e como frade da Ordem dos Pregadores (Dominicanos), que tem como lema “veritas” (verdade), não posso me calar. A minha consciência não permite!

A denúncia que vou fazer foi motivada pela reportagem do Jornal “Encontro Semanal” da Arquidiocese de Goiânia do último dia 9, que tem como título: “Igreja marcha em defesa da vida” (a reportagem refere-se somente à vida humana).

A Arquidiocese de Goiânia é a Igreja da qual faço parte, que - numa bonita caminhada de renovação pós-conciliar - ajudei a construir e que amo muito.

Li a reportagem com interesse e - ao mesmo tempo - com indignação. “Com interesse”, porque concordo com o seu conteúdo; com indignação”, porque dá a impressão que defender a vida significa somente ser contra o aborto. É verdade que a reportagem afirma: “O evento contou com o apoio de numerosos segmentos da sociedade civil, todos unidos pelo ideal de defender a vida desde a concepção até a morte natural, contra o aborto”. Ora, ser contra o aborto não significa “defender a vida até a morte natural”. Trata-se de um sofisma (raciocínio falso, que simula a verdade e induz ao erro).

O útero materno é a primeira situação na qual a vida se encontra. Com muita compreensão e misericórdia (que é o amor acontecendo) para com as mulheres que praticam o aborto por desespero para não ver mais um filho passando fome, devemos - como Igreja - “marchar em defesa da vida (no útero materno), contra o aborto”, mas devemos também - sempre como Igreja - “marchar (com a mesma disposição e garra) em defesa da vida nas outras situações nas quais se encontra.

A vida é “ameaçada” e “assassinada” não só no útero materno (“aborto biológico”), mas também em muitas outras situações (“aborto social”). Aliás, o “aborto social” é, na prática (mesmo que não o seja na teoria), a “pena de morte” institucionalizada e legalizada.

Como exemplos, cito duas situações. Primeira: a situação das pessoas - sobretudo crianças - que, por viverem em condições subumanas e sem recursos financeiros, são - cruel e friamente - mortas pela nossa sociedade capitalista neoliberal, hipócrita e injusta, como se fosse uma coisa natural e normal

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 6,3 milhões de crianças com menos de 15 anos morreram em 2017 (uma a cada 5 segundos). A maioria das mortes - 5,4 milhões - foi de meninos e meninas com até 5 anos de idade.

De 1990 a 2015 o mundo perdeu 236 milhões de vidas de 0 a 5 anos de idade (mais do que toda a população brasileira). 16 mil crianças com menos de 5 anos de idade morrem todos os dias. Que maldade!

Segunda: a situação das pessoas - sobretudo crianças e idosos - que, no Brasil (e certamente em muitos outros países) a nossa sociedade capitalista neoliberal mata todo dia na fila de espera por atendimento médico ou por vaga em UTI. A precariedade da Saúde Pública é um crime contra a humanidade!

Muitas das pessoas que defendem e sustentam esse modelo de sociedade iníqua e perversa, que - como diz o Papa Francisco - exclui, degrada e mata, se dizem cristãos, comungam toda semana e (pasmem!) participam da “Marcha em defesa da vida, contra o aborto”. Quanta hipocrisia!

Por fim, pergunto: Por que a Arquidiocese de Goiânia (“representada - diz a reportagem - por padres, seminaristas, membros de Pastorais Arquidiocesanas, como a Pastoral Familiar e fiéis de diversas Paróquias”), além de participar da “Marcha em defesa da vida, contra o aborto” (tomando muito cuidado para não ser - talvez ingenuamente - conivente com os fariseus hipócritas de hoje), não participa também das “Marchas em defesa da vida” - e vida de qualidade - nas “outras situações” nas quais se encontra (e não somente no útero materno)?

Por que o bispo auxiliar - coordenador arquidiocesano de Pastoral - e o próprio arcebispo não participam pessoalmente ou não se fazem representar (como fizeram na “Marcha em defesa da vida, contra o aborto”) nas “Marchas em defesa da vida” em outras situações? Infelizmente, a omissão é total!

Por exemplo, no mesmo dia da “Marcha em defesa da vida, contra o aborto” (dia 30 último), aconteceu também a “Marcha em defesa da Educação Pública de qualidade para todos e todas” (contra o corte de verbas) - que também faz parte da defesa da vida - com a participação de aproximadamente 30 mil pessoas, sobretudo estudantes e professores. Sobre essa Marcha, a reportagem do “Encontro Semanal” não falou sequer uma palavra! E a luta é mais do que justa! Como se explica isso? É essa uma Igreja “em saída”? Não dá para entender!

Em outros tempos - vivendo intensamente a renovação do Concílio Vaticano II - a Arquidiocese de Goiânia estava sempre - em nome do Evangelho - na linha de frente de todas as lutas por um mundo e um Brasil melhores! Que saudade! Não percamos a esperança! A Igreja da caminhada (como se dizia) não morreu, está muito viva, mesmo que seja nas catacumbas! Lutemos por ela!

Uma última pergunta: qual seria o comportamento de Jesus de Nazaré em situações como essas? Meditemos!

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