28 Março 2019
A deputada Tabata Amaral, do PDT de São Paulo, é uma das melhores da atual legislatura. 25 anos de idade, firme, serena, com conhecimento de causa, sem se preocupar com lacração, ela basicamente derrubou o Ministro da Educação hoje, revelando-o pelo que é, um ideólogo ignorante. Melhor ainda: Tabata o fez sem recorrer à xenofobia em nenhum momento.
Um show de bola estes seis minutos de Tabata. Confira aí.
EDIT: A Casa Civil e o próprio Bolsonaro estão negando que o Ministro Vélez tenha caído.
Mestre Nelson Moraes dixit. — com Nelson Moraes.
Anotem para me cobrar.
Em uns 2 ou 3 anos, a telefonia fixa em boa parte do território brasileiro voltará a ser estatal.
Tô apostando uma caixa de cerveja.
Meu médico é um senhor inteligente (formado na UFRJ, com pós graduação fora do país), gentil, simpático, falante e claramente uma viúva tucana.
Ele acha o Mourão um cara racional, tem simpatia pelo Moro e concorda com a pauta do Guedes.
Mas acha Bolsonaro uma anta e tem profundo desprezo pelos olavetes e os pentecostais que estão no governo.
Essa classe média adoraria poder se livrar da parte do governo que não sabe usar talher pra peixe.
Foi um golpe de Estado. Um típico golpe de Estado latinoamericano daqueles anos (até quando o amor pelos "ridículos tiranos"?), incontestavelmente um golpe de Estado segundo todos os critérios que formam o "estado da arte" da filosofia política, da teoria do Estado e do Direito Constitucional contemporâneos. Destituíram o legítimo chefe de Estado e de governo sem observância dos procedimentos constitucionais então estabelecidos, rasgaram uma Constituição liberal-democrática legítima, subordinando-a a "atos institucionais" ilegítimos até que a substituíssem por outra, igualmente ilegítima, ao gosto dos tiranos.
A partir daí, anularam garantias constitucionais individuais e coletivas, suspenderam direitos políticos e cassaram mandatos sem observância das exigências e competências constitucionais, realizaram prisões ilegais em massa, agrediram, humilharam, exilaram, torturaram e mataram. Intervieram em sindicatos, invadiram universidades, expulsaram ilegalmente professores e alunos, destituíram juízes, técnicos e centenas de oficiais militares, marinheiros e soldados, liquidaram as liberdades de associação e reunião.
Assaltaram o poder a mão armada, instauraram o reino da deduragem e institucionalizaram a violência política de Estado. Nos anos e atos institucionais que se seguiriam, a tortura, o assassinato, a censura, a chantagem e a corrupção se tornariam instrumentos de governo. Criaram um regime destrutivo, regressivo, promotor da injustiça social, do arrocho salarial, do êxodo rural, da devastação ambiental, do genocídio indígena e do extermínio de indesejáveis. Declararam guerra ao pensamento.
A vontade de nenhum governante tem o poder de mudar os fatos passados, a História. A administração pública, civil ou militar, não pertence ao governante. O ato de vontade do desqualificado que exerce o comando supremo das Forças Armadas não está imune ao controle judicial. Sua determinação de "comemorar" um golpe de Estado de cujo sepultamento a Constituição de 1988 é o signo maior colide com todo um conjunto de normas constitucionais, e com a própria lei que rege a criação de datas comemorativas. Se o Judiciário não tiver coragem de honrar seu dever de garantia da supremacia da Constituição e do respeito às leis democráticas, espera-se dos comandos militares uma demonstração de contenção e equilíbrio ao cumprir a determinação de realizar as "devidas" comemorações: nenhuma comemoração é devida.
Quer essas instituições ajam ou não em harmonia com a Constituição e seu significado, quer faltem ou não aos seus compromissos democráticos, cabe à cidadania fazer do insulto uma oportunidade de esclarecimento. E dediquemos todos o primeiro de abril a desmascarar a grande e vil mentira.
Conheci um sujeito que vivia de investimentos no mercado financeiro. Conheceu uma mulher, largou toda a vida antiga, comprou um terreno enorme perto de uma praia no sul da Bahia, lugar até hoje bastante deserto, montou uma casa super precária e mora lá há uns 30 anos.
Batendo papo à mesa do lado de fora de sua casa ele me contou como a corretora em que trabalhava subornava gente dos governos militares para obter certas vantagens ilícitas. Me contou que ele mesmo levou sacos de dinheiro vivo na mala de um Opala para entregar a um general.
Obviamente nada disso jamais foi alvo de investigação policial, de processo judicial ou de matéria de jornal. Pelo motivo óbvio de se estar numa ditadura.
Aí hoje os imbecis podem dizer que na ditadura não tinha corrupção.
Mesmo assim, até para os imbecis é um exagero esquecer como o governo Figueiredo quebrou o país.
Sabe quem está se mobilizando mesmo neste país, gente?
Os povos indígenas.
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