30 Janeiro 2019
O Papa Francisco pediu, hoje, que a Igreja assuma um “adequado apoio espiritual e pastoral” aos casamentos, em um contexto no qual a secularização social, reconheceu, não favorece os matrimônios, ao mesmo tempo em que proclamou que “unidade e fidelidade” são dois conceitos que servem para além do matrimônio.
A reportagem é de Hernán Reyes Alcaide, publicada por Religión Digital, 29-01-2019. A tradução é do Cepat.
“A sociedade em que vivemos está cada vez mais secularizada e não favorece o crescimento da fé, com a consequência de que os fiéis católicos lutam para ser testemunhas de um estilo de vida segundo o Evangelho, também em relação ao sacramento do matrimônio”, ressaltou o Pontífice no discurso que inaugurou, nesta terça-feira, o ano judicial do tribunal da Rota Romana.
“Neste contexto, é necessário que a Igreja, em todas as suas articulações, atue em harmonia para proporcionar o adequado apoio espiritual e pastoral”, pediu Jorge Bergoglio, durante o encontro na sala Clementina do Vaticano, com os oficiais do que, na prática, funciona como tribunal de apelação da Santa Sé e se encarrega das apelações em casos de nulidade matrimonial.
Diante dos integrantes da Rota, o Papa destacou dois “pilares fundamentais não só da teologia e a lei matrimonial canônica, como também, e inclusive antes, da própria essência da Igreja de Cristo: unidade e fidelidade”.
“Estes dois bens, de fato, antes de ser as obrigações jurídicas de toda união conjugal em Cristo, devem ser uma epifania da fé batismal”, pediu.
“Unidade e fidelidade são dois valores importantes que são necessários não só entre os cônjuges, mas em geral nas relações interpessoais e sociais. Todos somos conscientes dos inconvenientes que determinam, na aliança civil, as promessas não cumpridas e a falta de fidelidade à palavra dada e aos compromissos assumidos”, recordou o bispo de Roma.
“Unidade e fidelidade. Estes dois bens indispensáveis e constitutivos do matrimônio requerem não só ser adequadamente instruídos aos futuros cônjuges, como também solicitam a ação pastoral da Igreja, especialmente de bispos e sacerdotes, para acompanhar a família nas diferentes etapas de sua formação e seu desenvolvimento”, disse aos membros do Tribunal que rege as leis vaticanas há quase 700 anos.
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Francisco pediu à Igreja um “adequado apoio espiritual e pastoral” aos casamentos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU