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Pedofilia na Igreja. O ponto cego do Papa Francisco

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29 Janeiro 2018

“O problema fundamental é que a Igreja não possui um processo legal para julgar os bispos que seja transparente e que tenha legitimidade com o público”, constata Thomas Reese, jesuíta, jornalista, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 25-01-2018. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Segundo ele, “o status quo não está funcionando. O Papa Francisco precisa fazer mudanças drásticas na maneira como o Vaticano investiga os crimes, especialmente os crimes cometidos por bispos”.

Eis o artigo.

O consenso esmagador na imprensa é que o Papa Francisco tem um ponto cego no tocante aos abusos sexuais na Igreja.

Ele pode estar no lado dos refugiados, migrantes, enfermos, pobres, indígenas e outros povos marginalizados, porém não lhe cai a ficha quando se trata das vítimas de abuso.

As evidências desta afirmação são o apoio incondicional a Juan Barros, nomeado por ele mesmo para ser o bispo de Osorno, no Chile, apesar das acusações de que este testemunhou e acobertou abusos cometidos pelo Pe. Fernando Karadima, o carismático sacerdote que, em 2011, foi considerado culpado pelo Vaticano de abusar menores em sua afluente paróquia em Santiago.

Numa carta vazada aos bispos chilenos, Francisco defendeu a nomeação por ele feita em janeiro de 2015 de Barros para a Diocese de Osorno. Francisco reconheceu que o Vaticano estava tão preocupado com a crise no Chile que pensou em pedir a Barros, que era o bispo para os militares, e outros dois prelados que renunciassem e tirassem um período sabático. Apesar destas inquietações, Francisco nomeou Barros.

A defesa que Francisco faz a Barros é excessiva, chegando ao ponto de acusar os seus detratores de calúnia e de serem agitadores esquerdistas. Falou que não acreditaria nas acusações até que lhe sejam apresentadas provas.

O Cardeal Sean O’Malley corrigiu publicamente as palavras do papa: “É compreensível que os comentários de Francisco no Chile sejam uma fonte de grande dor para os sobreviventes de abusos sexuais por parte do clero ou qualquer outro perpetrador. Palavras que transmitem a mensagem ‘se não podem provar suas afirmações, então não se acreditará neles’ abandonam quem sofreu reprováveis violações à sua dignidade humana e relegam os sobreviventes ao exílio desacreditado”.

Francisco aceitou a crítica de O’Malley e se desculpou por dizer que as vítimas precisam mostrar “provas” para que se acredite nelas. Mas acrescentou que todo aquele que faz acusações contra o bispo sem apresentar evidências é calunioso.

“Não posso condená-lo, porque não tenho as evidências de culpabilidade”, disse Francisco. “Mas eu próprio estou convencido que esteja inocente”.

Mas O’Malley está certo. Geralmente é impossível produzir evidências de crimes cometidos em sigilo. Muitas vezes acaba se reduzindo a um crer, ou não, nas vítimas.

Um dos poucos jornalistas que saíram em defesa de Francisco é Austen Ivereigh, colunista do sítio Crux e autor de uma das melhores biografias de Francisco.

“Ser vítima não só provoca simpatia”, escreve ele, “empresta também credibilidade e confere autoridade moral. Assim, apesar do fato de que os bispos coerente e firmemente negam terem testemunhado os abusos de Karadima (e, no caso de Barros, de nunca ter recebido uma carta detalhando os abusos enquanto era secretário do Cardeal Juan Francisco Fresno, de Santiago), e apesar de nenhuma evidência ter sido verificada em algum processo civil ou canônico até hoje de que os bispos estão mentindo, as acusações contra eles impregnaram-se na imprensa”.

O autor observa que as vítimas estão, até agora também, processando sem sucesso a Arquidiocese de Santiago numa causa que pede 450 mil dólares em indenização. O caso “depende de demonstrar que aquelas pessoas em cargos de autoridade sabiam e não agiram contra os abusos sofridos”.

“Há várias outras perguntas a serem feitas a respeito do caso das vítimas”, conclui, “mas, até agora, poucos se atrevem a fazê-las por medo de ser acusado de ‘revitimizar’ estas pessoas”.

Eu diria que tanto Barros quanto as vítimas merecem um espaço diante dos tribunais, seja um tribunal civil, seja um tribunal eclesiástico.

Francisco não está ajudando quando lança no ar acusações de calúnia e difamação. Antes que o processo esteja completado, é errado declarar que se está convencido da inocência de alguém e que os acusadores estão mentindo. A função do papa é garantir que ocorra um processo transparente e legítimo a lidar com as acusações e, então, sair do caminho. Nomear um bispo a uma diocese antes que o seu nome tenha sido limpado foi um grave equívoco. Os assessores de Francisco estavam certos; o bispo deveria ter tirado um período sabático.

O problema fundamental é que a Igreja não possui um processo legal para julgar os bispos que seja transparente e que tenha legitimidade com o público.

O bispo pode ou não ser inocente, mas ninguém irá confiar num processo sigiloso que envolve clérigos a investigar clérigos, e clérigos a julgar clérigos.

As décadas passadas mostraram que nenhuma profissão é boa em julgar a si própria, seja na polícia, seja entre médicos, advogados, professores, políticos, funcionários do governo, atletas, técnicos, espiões, militares ou o clero. Muito frequentemente os colegas olham para longe e não querem acreditar que o amigo de profissão seja culpado. Quando a culpa se torna aparente, há a tentação de lidar com ela internamente e mantê-la em segredo a fim de que a profissão não sofra.

Demorou, mas a Igreja hoje tem procedimentos em vigor para lidar com padres abusadores que conta com conselhos formados por leigos, suspensão enquanto uma investigação é conduzida, coleta de evidências, audiência a vítimas e uma política de tolerância zero aos abusadores. Não é um sistema perfeito, e por vezes acaba ignorado, mas pelo menos ele existe.

O que inexiste é um processo semelhante para lidar com as acusações contra bispos que não denunciam – ou que cooperam com – padres abusivos.

A Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores recomendou que Francisco criasse um departamento em separado no Vaticano para lidar com os bispos que não estivessem realizando o seu dever na proteção das crianças. Primeiramente, o papa concordou, mas depois deixou a tarefa para a Congregação para os Bispos e outros departamentos vaticanos. Foi um equívoco. O setor que cria novos bispos nunca se verá disposto a desencobrir evidências de que a pessoa que ajudaram a tornar-se bispo é um fracasso.

A Igreja Católica poderia aprender com os governos seculares sobre como se estruturar para lidar com crimes e acobertamentos, especialmente aqueles que não acontecem sob a jurisdição das autoridades seculares.

O Vaticano precisa de um departamento de justiça com investigadores e promotores profissionais que lidariam com os casos de abuso sexual e acobertamentos, bem como com corrupção financeira, roubo e outros crimes. Um sistema jurídico em separado determinaria se as evidências de culpa são convincentes. Os papéis dos investigadores e juízes poderiam adequadamente ser desempenhados por leigos e leigas.

Ninguém deve estar acima da lei. O sistema fica comprometido quando alguém como o Cardeal Tarcisio Bertone não é convocado a testemunhar sob juramento no caso que envolveu a apropriação indevida de fundos para pagar as reformas de seu apartamento.

O status quo não está funcionando. O Papa Francisco precisa fazer mudanças drásticas na maneira como o Vaticano investiga os crimes, especialmente os crimes cometidos por bispos.

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