05 Junho 2017
FOI LINDO!
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Vídeo: Diretas Já
Donald Trump : « J’ai été élu pour représenter le citoyen de Pittsburgh, pas de Paris »
Thanks Planet Earth - it was fun while it lasted ⯑⯑ Donald J. Trump
One of the biggest icebergs ever recorded is about to break off of Antarctica. Good timing on the Paris agreemen
Aprovado um grande projeto de mineração de calcário na fronteira do Ceará com o Rio Grande do Norte. Muitos impactos ambientais. Bem, pelo menos vai gerar empregos: 45...
A nova presidente do PT, Gleisi Hoffman, disse ontem, em sua primeira entrevista depois de assumir o cargo, que o PT não fará qualquer autocrítica, para não fortalecer os seus adversários.
Não é um bom começo.
Não entendo as pessoas que estão revoltadas ou decepcionadas com a escolha de Gleisi Hoffmann para a Presidência do PT. Sim, Gleisi é acusada de receber dinheiro ilegal da JBS, é entusiasta das comunidades terapêuticas, levou a pseudo-psicóloga Marisa "cura gay" Lobo para o Palácio do Planalto, é inimiga da demarcação de terras indígenas e desqualificou os levantes de junho de 2013 como "projetos ideológicos irreais".
Mas é totalmente coerente que o PT a eleja Presidente. Só quem ainda tem alguma ilusão de "autocrítica" pode estar chateado ou decepcionado. Inclusive, o candidato da esquerda do partido, Lindbergh Farias, tem perfil idêntico. Incoerente ou desonesto seria se o PT elegesse, sei lá, Suplicy ou Olívio Dutra para presidi-lo.
GLEISI HOFFMANN E A ESPETACULAR FÁBRICA DE ILUSÕES DO PARTIDO DOS TRABALHADORES
A eleição de Gleisi Hoffmann como presidente do PT é sintomática e, com ela, uma série de expectativas (ilusórias) sobre o partido deveria desaparecer do horizonte (mas não vão). Com Gleisi Hoffman na presidência, a Ministra chefe da Casa Civil do governo Dilma -- o que menos realizou reforma agrária desde a redemocratização, foi cúmplice ativo do etnocidio indígena (através de farto uso da Força Nacional contra indígenas no período) em curso radicalizado no país nos últimos anos, conduziu a repressão a junho de 2013 e ampliou o estado de exceção sobre os pobres, com ocupação militar de territórios pelo exército -, pessoalmente uma lobista dos interesses pró-internação compulsória em "comunidades terapêuticas" (pontas de lança do fundamentalismo religioso na co-gestão da política de drogas) e, por fim, suspeita de envolvimento em arranjos corruptos que desviavam dinheiro de empréstimo consignado de aposentados (um equivalente moral do desvio de dinheiro para merenda de crianças), o PT faz um giro à direita e se identifica definitiva e publicamente com o que foi o governo Dilma. Após uma ratificação tão afirmativa, não é surpreendente que os 38% de votos da "oposição interna de esquerda" estejam sendo comemorados como uma esperança futura. Diante da verdade solar da eleição de Gleisi Hoffmann, é necessário delimitar rapidamente uma nova possibilidade de ilusão para continuar a fazer funcionar a dualidade funcional entre a esquerda do PT (o "petismo") e a maioria do partido (o "lulismo"). A hegemonia do PT sobre as esquerdas depende dessa funcionalidade e da possibilidade que ela determina, qual seja, a de integrar o consórcio estado-mercado enquanto simula conduzir as mobilizações contra esse mesmo consórcio. É dessa fábrica espetacular de ilusões (constituída pela atividade incessante de sindicatos, movimentos sociais e intelectuais e garantida pelas quantias acordadas nos acordos de gabinete com empreiteiros, donos de frigoríficos e outros) que a hegemonia do PT, enquanto mecanismo de bloqueio de qualquer movimento vivo alternativo, consiste.
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