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Tzvetan Todorov, uma vida na tessitura do pensamento

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10 Fevereiro 2017

“A contraposição clara entre totalitarismo e democracia constituiu continuamente o esquema fundamental de todos os reconhecimentos críticos de Tzvetan Todorov (falecido na última segunda-feira, dia 7 de fevereiro) sobre o século XX. Mas se equivocaria quem visse nessa coerência a fidelidade a um módulo interpretativo banal.”

A opinião é do historiador italiano E. Igor Mineo, professor da Universidade de Palermo, em artigo publicado no jornal Il Manifesto, 08-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Se é indubitável que, com TzvetanTodorov, vai embora uma das maiores personalidades intelectuais do século XX, certamente é menos fácil resumir em poucas palavras que tipo de pensador e de escritor ele foi. É impossível a rotulagem e não só porque todos os cavalos de raça dificilmente se deixam selar em vestes pré-prontas. A sua biografia intelectual é irredutível a um esquema ou a uma carreira e parece ser evidentemente bipartida.

Por um lado, entre os anos 1960 e 1980, o estudioso das formas literárias, do estruturalismo linguístico, o herdeiro inquieto do formalismo russo; por outro, a estranha e fascinante figura do ensaísta-testemunha que reflete sobre o mal no século XX, sobre a catástrofe dos fascismos e do stalinismo, dos campos e dos gulags, da violência étnica e política levada ao extremo.

Essa conversão pode ser facilmente situada no fim dos anos 1980, coincidentemente em correspondência com a queda do Muro de Berlim e o fim dos sistemas soviéticos. É então que – parece-me – Todorov permite-se levantar o véu sobre um passado recente que lhe pertence plenamente, o do regime opressivo do qual tinha conseguido fugir; ele que, com pouco mais de 20 anos, no início dos anos 1960, tinha emigrado da Bulgária comunista e tinha se instalado em uma Paris extremamente cintilante, verdadeiro centro mundial da cena artística e intelectual.

Todorov tornou-se, assim, um dos representantes exemplares e um dos mais nobres de um modo de pensar o século XX “a partir de dentro” de um suposto núcleo, obscuro e por isso mesmo quase insondável (e do qual, justamente, tinha se mantido por muito tempo distante, ocupando-se de rarefeitas geometrias poéticas), que ele, como muitos outros antes dele, faz coincidir com a pulsão totalitária, há muito tempo latente na sociedade europeia moderna e que, depois, tendo-se libertado de todo impedimento, assume o seu rosto mais autêntico nos regimes nazi-fascistas e no stalinismo. É aqui que aparece o “século das trevas”, como ele mesmo chegou a defini-lo.

O confronto fatigante com uma das categorias mais atormentadas, ambíguas e controversas do debate político e historiográfico por muitas décadas deve ter lhe parecido inevitável. Para não ficar encalhado nas suas aporias, das quais ele estava ciente, Todorov, porém, assumiu uma perspectiva diferente da dos maiores investigadores do totalitarismo como sistema (Hannah Arendt, em primeiro lugar).

Acima de tudo, ele tentou interrogar criticamente o ponto de vista daqueles que tinham vivido plenamente a violência totalitária, tornando-se suas testemunhas: figuras muito diferentes, de Margaret Buber-Neumann a David Rousset, de Primo Levi a Vasily Grossman. A interrogação sobre a memória se tornava central, mas, no rastro de Ricoeur, Todorov mostrou várias vezes que sabia se destrincar nos labirintos dos relatos baseados no confronto com o passado privado, como distinguir a eticidade da recordação das contradições dos seus usos, como reivindicar até mesmo o direito ao esquecimento.

Do mesmo modo, é verdade que a contraposição clara entre totalitarismo e democracia constituiu continuamente o esquema fundamental de todos os seus reconhecimentos críticos sobre o século XX. Mas se equivocaria quem visse nessa coerência a fidelidade a um módulo interpretativo banal. A euforia, se houve, “pós-89” logo de transformou em uma dolorosa conscientização. O totalitarismo europeu – Todorov muitas vezes insistiu nisso, no rastro de análises claramente frankfurtianas – tem sólidas raízes “modernas” iluministas e racionalistas, mas a dicotomia logo lhe pareceu uma ilusão.

Refletindo sobre as guerras na ex-Iugoslávia e em particular sobre o caso da intervenção da Otan no Kosovo, ele chegou a escrever: “O totalitarismo pode parecer para nós, e com razão, o império do mal; mas disso não deriva, de modo algum, que a democracia encarna, sempre e por toda parte, o reino do bem”.

Um sinal, dentre muitos, da lucidez de um olhar que se manteve vigilante até o fim.

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