Darci Frigo é eleito para a presidência do Conselho Nacional dos Direitos Humanos

Foto: YouTube

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

07 Fevereiro 2017

Foi eleita nesta quinta-feira (2) a mesa diretora do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). Reunindo 11 representantes da sociedade civil e 11 do poder público que compõem o colegiado, a eleição aconteceu em Brasília durante a primeira reunião ordinária de 2017 e definiu a mesa diretora para o biênio 2016-2018.

A presidência do Conselho ficou com a Plataforma Dhesca Brasil, rede integrada por 40 organizações da sociedade civil, que desenvolve ações de promoção e defesa dos direitos humanos, representada pelo coordenador da Terra de Direitos, Darci Frigo.

A reportagem é publicado por Terra de Direitos, 02-02-2017.

Além do grave problema de violência generalizada na sociedade brasileira, o novo presidente destaca a centralidade da preocupação do Conselho com propostas de reforma que retirem direitos conquistados ao longo de anos de lutas sociais.

Segundo Frigo, o aumento da desigualdade social e pobreza são problemas que podem agravar essa situação, visto a aprovação da PEC 55, que reduz o orçamento público para os próximos 20 anos. “Neste momento, toda a luta social vai estar colocada em desafio para enfrentar esses retrocessos e ao mesmo tempo vai sofrer um grande processo de criminalização”, ressaltou.

Compondo o CNDH de forma bastante diversa, a sociedade civil tem, segundo Darci Frigo, papel fundamental na nova mesa diretora. “Com uma conjuntura de golpe e vários retrocessos institucionais, defender a democracia e garantir que esse espaço não seja tomado pelas forças conservadoras, nem será impedido de atuar como guardião dos direitos humanos no nosso país, é um papel muito importante”, garantiu Frigo.

Propondo um olhar transversal sobre as questões do Estado, o novo presidente afirma que o Conselho deve trabalhar para garantir a proteção, reparação e promoção dos direitos humanos no país. “O Conselho é um espaço público, não é uma grande assembleia da sociedade civil, nem um espaço do Poder Executivo. É necessário que seja um espaço que cumpra com seu papel no monitoramento de todas as áreas do Estado e também os agentes privados, para que respondam sobre as violações de direitos humanos cometidos”, conclui.

A vice-presidência é da Defensoria Pública da União (DPU), representada por Fabiana Severo. Ainda, Deborah Duprat, Flávia Piovesan, Leonardo Pinho e Sandra Carvalho compõem a mesa diretora representando o Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria Especial de Direitos Humanos Brasil, a UNISOL Brasil – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários e a Justiça Global, respectivamente.

O CNDH

Colegiado mais antigo do país, vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania, o Conselho tem como objetivo a promoção e a defesa dos direitos humanos mediante ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos.

Leia mais