31 Janeiro 2017
A cessação do genocídio dos cristãos no Oriente Médio depende de mudanças nas políticas norte-americanas sob o comando do presidente Donald Trump, disse o patriarcado de Moscou.
“Se Trump agora diz que os Estados Unidos devem defender as suas fronteiras, e não as fronteiras de outros países, temos então uma mensagem totalmente ciente e bem-pensada. Se os Estados Unidos pararem de introduzir as suas políticas no Oriente Médio como se fosse um touro numa loja de porcelana, então eu espero que o genocídio dos cristãos e outras minorias religiosas e étnicas, que vêm acontecendo no Oriente Médio há mais de uma década, terminem”, disse em entrevista à rede de televisão Rossiya-24 (VGTRK) o Metropolita Volokolamsk Hilarion, presidente do Departamento Sinodal para as Relações Eclesiásticas Externas.
A informação é publicada pela Agência Interfax, 30-01-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
A situação no Oriente Médio é, em grande parte, uma consequência das políticas americanas na região, disse.
O hierarca também comentou sobre o fato de o texto de uma liturgia ortodoxa jazer na mesa do chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, e de que Donald Trump, durante a inauguração de seu governo, prestou juramento sobre duas bíblias: a de Abraham Lincoln e a sua própria, que mantém desde criança.
“Isso mostra que estas pessoas levam a sério o aspecto religioso, não é mera formalidade. Não é acidental também que Trump tenha convidado líderes religiosos para a sua inauguração”, disse.
O metropolita disse acreditar que a cerimônia de inauguração de Trump “foi uma cerimônia religiosa”.
“Espero que a presidência do recém-eleito presidente dos EUA aconteça sob o símbolo de uma tal esperança pela ajuda divina”, disse.
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Igreja russa espera que Trump resolva o problema do genocídio dos cristãos no Oriente Médio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU