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Marcelo Crivella e o avanço dos evangélicos no Rio de Janeiro e no Brasil

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01 Novembro 2016

"O Partido Republicando Brasileiro (PRB) apresentou crescimento significativo em 2016. De 78 prefeituras, em 2012, saltou para 105 prefeituras no primeiro turno, além de 145 vice-prefeitos. O número de vereadores passou de 1.207 em 2012 para 1.627 em 2016. Em 22 capitais, o partido elegeu 37 vereadores. Em todas as cinco regiões brasileiras o PRB terá, pelo menos, a partir de janeiro de 2017, um representante indígena. Mas a vitória mais significativa do PRB veio no segundo turno das eleições da 'Cidade Maravilhosa'. O PRB ainda ficou em segundo lugar em São Gonçalo e em Volta Redonda", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 31-10-2016.

Eis o artigo.


A maior cidade a ter eleições no segundo turno do pleito de 2016 galvanizou as atenções do Brasil. A eleição carioca foi vista como um farol para o futuro do Brasil. Dois Marcelos – com visões antagônicas – disputaram a prefeitura. Mas no dia 30 de outubro, em primeiro lugar venceu o “voto ninguém” (com 41,5% do número de pessoas aptas a votar), Crivella ficou em segundo lugar (com 59,4% dos votos válidos) e Freixo em terceiro lugar (com 40,6% dos votos válidos). Com 99,9% dos votos apurados, o voto nulo teve 569.501 (15,9%); o voto branco teve 149.857 (4,2%) e as abstenções tiveram o impressionante número de 1.314.805 (26,9%). Considerando os votos válidos, venceu Marcelo Crivella para substituir Eduardo Paes (PMDB). Disputando os votos válidos no pleito carioca, estavam em disputa dois projetos de poder.

O Partido Socialismo e Liberdade era a alternativa de esquerda que tentava ocupar o vácuo da derrota nacional do Partido dos Trabalhadores. Uma vitória no Rio de Janeiro poderia representar uma redenção para o PSOL que, no primeiro turno, elegeu apenas duas prefeituras e 52 vereadores, mas com destaque dos representantes municipais mais votados em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre e Niterói. Porém, no primeiro turno em 2016, o PSOL teve menos 300 mil votos nas eleições majoritárias (para as prefeituras) e 800 mil nas proporcionais (vereadoras e vereadores). A derrota no segundo turno no Rio de Janeiro, em Belém e em Sorocaba deixou o PSOL na condição de partido pequeno e ainda longe de representar uma alternativa de poder para o país. Agora o partido deverá buscar explicitar melhor o que entende por Socialismo e Liberdade.

No outro espectro, o Partido Republicando Brasileiro (PRB) apresentou crescimento significativo em 2016. De 78 prefeituras, em 2012, saltou para 105 prefeituras no primeiro turno, além de 145 vice-prefeitos. O número de vereadores passou de 1.207 em 2012 para 1.627 em 2016. Em 22 capitais, o partido elegeu 37 vereadores. Em todas as cinco regiões brasileiras o PRB terá, pelo menos, a partir de janeiro de 2017, um representante indígena. Mas a vitória mais significativa do PRB veio no segundo turno das eleições da “Cidade Maravilhosa”. O PRB ainda ficou em segundo lugar em São Gonçalo e em Volta Redonda.

Como mostrou Fernando Molica (27/10/2016), o crescimento do PRB pode ser entendido com base na análise do livro “Plano de poder”, lançado em 2008 pelo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo (escrito em colaboração do jornalista Carlos Oliveira). O livro defende a união dos evangélicos em torno de um objetivo político e trata da ascensão dos evangélicos como algo determinado pela Bíblia. Os autores chegam a falar em consolidação do “grande projeto de nação pretendido por Deus”. Para os autores, a Bíblia seria um “manual que não se restringe apenas à orientação de fé religiosa, mas também é um livro que sugere resistência, tomada e estabelecimento do poder político ou de governo”. Um dos capítulos tem como título “A visão estadista de Deus”. Eles dizem: “Insistimos em que a potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo (…)”.

O gráfico abaixo mostra que o percentual de deputados evangélicos (de todas as denominações) cresce nas Unidades da Federação (UF) com maior percentual de filiações evangélicas. Em Rondônia, com 33,8% de filiações evangélicas em 2010, há 62,5% de deputados federais na atual legislatura. Este é o estado com maior presença evangélica.

Em seguida aparece Roraima, com percentual de 33,8% de evangélicos na população e de 37,5% de deputados.

O Rio de Janeiro tinha 29,4% de filiações evangélicas em 2010 e 34,8% de deputados federais na atual legislatura. Portanto, há uma correlação entre o percentual de evangélicos e o número de deputados federais em cada UF. Não fica claro o sentido da causalidade. Mas, provavelmente, uma coisa reforça a outra, com o percentual de evangélicos facilitando a eleição de deputados da mesma crença religiosa e o maior número de deputados reforçando a conversão religiosa.


Em 2002, Marcelo Crivella, hoje bispo licenciado da Igreja Universal, foi eleito senador. Três anos depois, ele e o então vice-presidente de Lula, José Alencar, fundaram o PRB, que se transformaria num braço político da organização religiosa. As eleições de 2016 confirmam o aumento da presença do PRB na política. A cidade e o Estado do Rio de Janeiro passaram a ser a vanguarda (junto com Rondônia e Roraima) do avanço dos evangélicos e da Igreja Universal.

Como apontou a pesquisadora Maria das Campos Machado (2012): “O universo evangélico tem um caráter fragmentário o que acaba por pluralizar as instituições religiosas e por gerar muita competição em torno dos fiéis e dos espaços sociais que facilitam a socialização religiosa. Essa especificidade tem favorecido não só a expansão do número de templos, pastores e fiéis, como também o lançamento de um grande número de candidaturas de religiosos e leigos das mais diferentes estruturas eclesiásticas. Muitas denominações interpretam a participação na política partidária e nas disputas eleitorais como fundamentais à ampliação e ao fortalecimento de suas respectivas igrejas no campo evangélico e frente ao grupo confessional hegemônico no país” (p. 46).

Tudo isto deve reforçar o processo de transição religiosa no Brasil. Como mostrei em artigo anterior (25/07/2016): “A realidade é que as filiações cristãs estão diminuindo no Brasil e a diversidade religiosa (incluindo os sem-religião) está aumentando, enquanto tende a haver uma mudança de hegemonia com a queda do percentual de católicos e o aumento do percentual de evangélicos, em especial, os pentecostais, neopentecostais, além dos evangélicos sem filiação institucional. Estas tendências devem se aprofundar nas próximas décadas, pois as condições demográficas ajudam o crescimento dos evangélicos e o crescimento do mercado religioso tende a aumentar a pluralidade religiosa”. As eleições de 2016 apenas confirmam estas tendências.

O Brasil também está em uma transição política, com uma mudança de uma tendência de cunho de esquerda, que governou o país por 13 anos, para uma tendência de cunho centrista e de direita. Para enfrentar este quadro e avançar numa perspectiva progressista, não sectária, não fundamentalista, democrática e laica, será preciso criar uma alternativa política no país. Somente com a emergência de uma renovada alternativa de poder haverá esperança para enfrentar esta conjuntura difícil em termos econômico, social e político, marcada pela baixa estima que se abateu sobre a sociedade brasileira.

Referências

ALVES, JED. A transição religiosa no Brasil: 1872-2050, Ecodebate, RJ, 25/07/2016

Fernando Molica. Um plano de poder, Projeto Colabora, Rio de Janeiro, 27/10/2017

Maria das Dores Campos Machado. Religião, Cultura e Política. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 32(2): 29-56, 2012

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