27 Outubro 2016
O cardeal australiano George Pell, prefeito da Secretaria vaticana para a Economia, aceitou ser interrogado pela polícia australiana no Vaticano em relação às acusações de abusos sexuais contra menores.
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 26-10-2016. A tradução é do Cepat.
Há tempo a polícia do Estado australiano de Victoria investiga atos de pedofilia que teriam sido cometidos por Pell quando era um sacerdote em Ballarat, acusação que o purpurado rebateu com decisão.
As acusações foram formuladas por três pessoas, hoje adultas, que sustentam ter sofrido abusos sexuais por parte de Pell, entre 1978 e 1987.
Agora, a polícia apontou que Pell “participou voluntariamente” de um interrogatório. Um porta-voz do cardeal, mencionou “The Guardian”, explicou que “o cardeal insiste em sua contestação precedente de qualquer acusação de abuso sexual e continuará cooperando com a polícia de Victoria até que as investigações se encerrem. Há alguns meses, o porta-voz esclareceu que “o cardeal não deseja criar aborrecimentos a nenhuma das vítimas de abuso, mas afirmar que ele teria abusado sexualmente de alguém, em algum lugar, e em algum momento de sua vida, é completamente falso e errôneo”.
Também há outra acusação diferente: a de ter acobertado as denúncias de abusos cometidos por outros sacerdotes de Ballarat, quando Pell já era bispo auxiliar. Tanto por estas como pelas mais recentes, o colaborador do Papa Francisco decidiu não apelar à imunidade diplomática vaticana e responder à justiça civil. Por isso, em fevereiro deste ano, compareceu perante a Royal Commission into Institutional Responses to Child Sexual Abuse, em uma videoconferência, desde Roma, e agora frente à polícia de Victoria que está no Vaticano.
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A polícia australiana interrogou o cardeal Pell no Vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU