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Henri de Lubac e Pedro Arrupe: a fé exige justiça. Artigo de Jacques Servais

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30 Setembro 2016

"Para Arrupe, o zelo apostólico unido a uma vera pietas era estranho a toda dicotomia entre justiça (na ordem da natureza) e fé (na ordem da caridade). A sua vida e, em particular, os últimos anos que ele passou no seu leito de sofrimentos são testemunhas disso."

A opinião é do jesuíta belga Jacques Servais, professor da Universidade Gregoriana de Roma e presidente da Associação Lubac-Balthasar-Speyr. O artigo foi publicado no jornal L'Osservatore Romano, 29-09-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Desde o início do seu generalato, Pedro Arrupe deu à Companhia de Jesus um impulso determinante. Ele permanece presente na memória e no coração de muitos. O próprio Papa Francisco, por ocasião da sua primeira missa na Igreja do Gesù, no fim da celebração, quis se recolher em silêncio no seu túmulo. Com a morte do seu antecessor, Jean-Baptiste Janssens, em 1965, a cristandade ainda se identificava fortemente com a ordem ocidental. Quanto à Companhia, em grande medida, ela continuava vivendo de pontos de referência que, desde 1923, tinham-lhe dado a sua coerência e a sua força.

Padre Arrupe foi escolhido como uma personalidade capaz de adaptar o modo de vida tradicional à ordem multipolar dos novos tempos, aqueles que, de acordo com o "Discurso sobre as quatro liberdades" (1941) de Roosevelt, os homens deveriam poder desfrutar em todo o mundo. O novo eleito realmente desfrutava de um amplo conhecimento, não só do mundo europeu, mas também da América do Norte e do Sul, e especialmente da Ásia.

Pastor ardente, Pedro Arrupe logo descreveu aquilo que, na sua opinião, já devia presidir as escolhas do ministério. Ele explicou isso nos seguintes termos, durante uma entrevista concedida à televisão francesa: "Se quisermos trabalhar naquilo que é mais universal e mais urgente, devemos nos preocupar profundamente com as estruturas [sociais] em curso de transformação". Com isso, ele se referia expressamente à intuição central do seu coirmão Henri de Lubac em Catholicisme: "O catolicismo é essencialmente social. Social no sentido mais profundo do termo. Não somente nas suas aplicações nos campos das instituições naturais, mas, acima de tudo, em si mesmo, no seu centro mais misterioso, na essência da sua dogmática".

Marcado pela experiência de Hiroshima, em primeiro lugar, ele tinha se preocupado em ir ajudar as populações que sofriam por causa da pobreza e da injustiça. Para ele, a dimensão social do catolicismo significava a missão que, sob a sua égide, a 32ª Congregação Geral definiria como "serviço da fé, do qual a promoção da justiça constitui uma exigência absoluta". O jesuíta, comentava ele de bom grado, é alguém que está "totalmente comprometido sob o estandarte da Cruz na luta decisiva do nosso tempo pela fé e pela justiça que a própria fé exige".

Para conceber e realizar tal programa, era preciso que ele fosse, ao mesmo tempo, um apóstolo e um homem de oração. No meu governo – declararia ele a um coirmão pouco tempo depois do derrame que o obrigou a renunciar –, desde o início, "acima de tudo, eu segui o Espírito". "Todos os pontos sobre os quais, depois, eu me apoiei não vinham de mim, mas do Espírito que animou, durante e depois do Concílio Vaticano II, a vida da Igreja."

Fortalecido pelas indicações deste último, concernentes à renovação da vida religiosa, ele queria contribuir para "reencarnar o carisma" da Companhia, "redescobrindo Santo Inácio como fundador, e não como superior geral". "Se fôssemos fiéis àquilo que o Espírito Santo ensina à Companhia sobre os diversos aspectos do carisma inaciano – explicou – poderíamos ser, hoje, mais inacianos do que no tempo do próprio Inácio".

Se ele se esforçou para fazer com que a Ordem saísse do impasse em que um certo integrismo pré-conciliar a tinha levado, o padre Arrupe não compartilhava, entretanto, as interpretações excessivas dos teólogos para e pós-conciliares. Ele estava longe de encorajar aqueles que, por excesso de zelo para com os desfavorecidos, oscilavam nos excessos de uma espécie de redução antropológica dos princípios cristológicos fundamentais.

Nos seus discursos no Concílio, na época, aliás, muito discutidos, ele não hesitaria em estigmatizar essa espécie de ateísmo cristão que tende a se infiltrar nas suas fileiras. O ateísmo, dizia abertamente, a sua mentalidade, a sua cultura, "não combate só de fora contra a cidade de Deus, mas também se espalha nos recintos da cidade de Deus e penetra a alma dos próprios fiéis (até mesmo religiosos e sacerdotes) e produz, com o seu veneno, sub-repticiamente, como seu fruto dentro da Igreja, o naturalismo, a desconfiança, a rebelião". Nós estamos – advertia ainda – diante de "uma profunda crise da fé e de um profundo perigo para a fé".

Espiritual, até mesmo místico, ele se dava conta das perigosas turbulências que agitavam a Companhia, especialmente na pessoa de certos jesuítas que se expunham imprudentemente ao vazio de senso característico dos nossos contemporâneos e corriam o risco de serem, eles mesmos, atingidos pela mentalidade corrente.

Os seus discursos conciliares, o primeiro em particular, provocaram uma série de polêmicas dentro da Companhia de Jesus, em que ele era repreendido pelo seu "papismo". Mas não faltava o apoio dentre os seus. Ele sabia que podia contar, também e principalmente, com o apoio dos peritos jesuítas do Concílio, particularmente do padre De Lubac, que ele recebeu em audiência no dia 8 de outubro de 1965. Este, depois, anotaria nos seus Cadernos: "O padre geral é acolhedor, modesto, ao mesmo tempo vivo e doce; possui um grande ardor apostólico"; depois, acrescenta: "Ele parece compreender a gravidade da crise espiritual que estamos atravessando".

Encorajado pela acolhida que tinha encontrado nele, De Lubac enviaria a ele, algum tempo depois, uma cópia da sua "resposta totalmente privada" ao projeto de declaração por parte do comitê da Concilium sobre a liberdade do teólogo. "Agradeço-lhe muito", escreveu-lhe, logo após, o padre Arrupe. "Não vou lhe esconder o alívio e até a alegria que senti diante da atitude tão clara quanto leal assumida pelo senhor a propósito da declaração; é preciso coragem para fazer isso. O senhor agiu como verdadeiro filho de Santo Inácio. Sabe bem, eu acho, que outros teólogos da Companhia responderam do mesmo modo". Ele tinha em mente, talvez, dentre os outros, o padre Jean Daniélou, que tinha estado muito envolvido na redação daquele que, na época, era chamado de Esquema 13.

No mesmo ano, 1969, De Lubac tinha dado uma conferência na universidade dos jesuítas de Saint-Louis (Missouri), nos Estados Unidos. O texto ampliado tinha aparecido em um opúsculo intitulado L'Église dans la crise actuelle. Tratava-se de uma espécie de manifesto com que o autor reagia vigorosamente a um estado de espírito que se insinuava em diversos setores do pensamento, particularmente dentro da Companhia de Jesus. Nele, ele denunciava, acima de tudo, uma propensão a colocar tudo e sempre em questão, por princípio e em todos os níveis, sem que nada fosse realmente estudado e discutido. ]

O padre Arrupe, que tinha tomado conhecimento do texto, enviou-lhe novamente uma carta de encorajamento: "O senhor não deve temer o fato de ser desautorizado pela Companhia, caro padre De Lubac. Certamente, a fermentação de ideias e de problemáticas que hoje abalam a Igreja envolve também aspectos positivos, e é normal que alguns, na Companhia assim como em outros lugares, vejam sobretudo esses aspectos; mas os desvios e os perigos – sobretudo para a fé, e é por isso que são extremamente graves e requerem uma vigilância atenta – são, infelizmente, muito reais, e é uma obra muito oportuna aquela que o senhor fez ao escrever essas páginas. Uma obra também muito bonita: o senhor escreveu aqui particularmente sobre o amor de Jesus Cristo e sobre o amor e a preocupação pela unidade da Igreja, páginas que permanecerão. Avante, caro padre. A Igreja espera muito da sua ciência teológica".

O "estado crítico" – são palavras do padre Jean-Yves Calvez, o assistente geral muito escutado por Arrupe – no qual se encontrou a Companhia nos anos 1971-1973, fornecia uma confirmação da crise que a abalava por causa da falsa interpretação que alguns dos seus membros davam da abertura ao mundo desejada pelo Concílio. Ninguém sabia como deter o fluxo e o refluxo das polêmicas que agitavam muitas províncias. Apenas um pequeno número dentre os jesuítas das nossas partes, enfatizava De Lubac, se dava conta, em meio à euforia geral, do perigo de uma nova forma de cisão entre natureza e graça: abrir-se ao mundo "como se Deus não existisse", com base em uma ideia (abstrata) de "natureza humana" que convinha a todos, relegando a fé – de acordo com os teóricos do ateísmo – ao campo das "opções pessoais". No entanto, a Gaudium et spes, à qual muitos remetiam, tinha alertado claramente contra o "divórcio" entre a fé e as atividades terrenas.

Seria preciso esperar pelo magistério de João Paulo II para que a Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno fosse entendida no seu verdadeiro significado. E também aqui o padre De Lubac desempenhou um papel decisivo. A autonomia relativa do mundo não pode ser retamente compreendida senão dentro da fé que concebe a incorporação ao ser teândrico como aquilo que, sozinha, permite que o ser humano realize a sua vocação, que é sobrenatural; é Cristo, verbum caro factum – afirmava ele claramente ainda no fim dos anos 1930 –, que revela o ser humano a si mesmo como imagem do Criador. Precisamente porque contemplou Cristo na sua figura única, o jesuíta – o homem de Igreja (homo ecclesiasticus) – é capaz de reconhecê-Lo e de servi-Lo nos irmãos e nos pobres, que é a Sua carne, o Seu quase sacramento.

Na sua famosa carta de 1977 sobre a disponibilidade apostólica, o padre Arrupe – que, aliás, confirmou em mais de uma ocasião a sua união pessoal com o papa, "supremo superior da Companhia" – exortava a uma integração real da vida espiritual e do ministério, ressaltando em particular "a necessidade de realizar ainda hoje, de maneira concreta, o lema in actione contemplativus, de modo que não seja apenas um slogan, mas uma realidade vivida".

Para ele, o zelo apostólico unido a uma vera pietas era estranho a toda dicotomia entre justiça (na ordem da natureza) e fé (na ordem da caridade). A sua vida e, em particular, os últimos anos que ele passou no seu leito de sofrimentos são testemunhas disso: aos verdadeiros orantes, é concedido o Espírito Santo que permite buscar e encontrar Deus nas misérias mais cruéis do nosso tempo e servir os pobres sem nunca deixa de fixar o olhar em Cristo, caminho para o Pai de misericórdia. Tal é o precioso testemunho que ele nos deixou.

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