22 Agosto 2016
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, publicou uma lista com 10 fatos sobre comida e nutrição no Brasil.
Segundo a agência da ONU, nas últimas décadas, o país tomou medidas contínuas para reduzir a desnutrição e seu compromisso deu resultado. Enquanto os olhos estão voltados aos Jogos Olímpicos Rio 2016, o PMA destaca 10 coisas importantes sobre comida e nutrição.
A reportagem é de Laura Gelbert, publicada por Rádio ONU e reproduzida por Envolverde, 18-08-2016.
Logo no primeiro item, a lista da agência afirma que o Brasil fez “enormes melhorias” em nutrição nas últimas décadas graças à mobilização da sociedade civil, alocação de recursos para área e “compromisso político seguido de ação”.
O Centro de Excelência Contra a Fome, uma iniciativa conjunta do PMA e do governo brasileiro também é citado na lista. De Brasília, o diretor adjunto da agência da ONU no país, Peter Rodrigues, falou à Rádio ONU sobre o programa.
“O Centro foi criado há 5 anos, parceria do PMA e do governo brasileiro, para compartilhar bons exemplos e sucessos que o Brasil teve em conseguir sair do Mapa da Fome há três anos. O Centro começou a compartilhar boas práticas do Brasil com países que querem aprender e implementar esses programas”.
A lista do PMA também destaca que as taxas de nanismo caíram de 19% em 1989 para 7% em 2007. Índices de desperdício, segundo a agência, estão muito baixos em 2%.
Em 2010, o Brasil incluiu o direito humano à comida em sua constituição, um dos únicos três países do mundo a fazer isso, ressaltou a agência.
A lei determina ausência de fome e desnutrição e acesso à comida saudável adequada.
A agência destaca que a amamentação exclusiva de bebês com menos de seis meses passou por uma melhoria notável de 2% em 1986 para 39% em 2006.
A lista do PMA menciona ainda que apesar de forte resistência da indústria, em 2015 o Brasil conseguiu aplicar uma lei que regulamenta a comercialização de substitutos do leite materno.
No entanto, o PMA afirmou que nem todas as mudanças foram para melhor. Sobrepreso e obesidade entre adultos estão em alta, em taxas de 54% e 20% respectivamente e os números estão crescendo.
Apesar de melhorias recentes na distribuição de renda, a pobreza permanece extensa e insegurança alimentar e nutricional permanece um problema em algumas comunidades.
A agência cita que estudantes em escolas públicas brasileiras recebem pelo menos uma refeição por dia como parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar, Pnae.
Desde 2009, pelo menos 30% da comida do programa deve ser comprada de pequenos produtores, o que que os apoia e aumenta o acesso a alimentos frescos e nutritivos, segundo o PMA.
O nono ponto da lista ressalta a publicação pelo Brasil de “orientações inovadoras” sobre dieta alimentar “encorajando pessoas a evitarem produtos ultra-processados e cozinhar alimentos integrais em casa”.
Outra recomendação seria “comer acompanhado para aumentar a apreciação da comida”.
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10 fatos sobre comida e nutrição no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU