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Para além dos muros do Vaticano. A periferia como o centro da Igreja

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20 Mai 2015

A própria arquitetura do Palácio Apostólico, cujas suntuosas portas abrem-se empurrando-as para dentro do prédio, sugere que aquele é um espaço onde as pessoas devem entrar, não sair. A estética monárquica de séculos que se ergue na margem dos tapetes vermelhos que levam direto ao Trono de Pedro, operam na contramão de um pontificado que subverte a lógica, inclusive, da arquitetura dos palácios vaticanistas e ultrapassa os muros de Roma. A Igreja, a partir do Papa Francisco e sob influência do Concílio Vaticano II (re)descobre o belo – ou o bem na perspectiva estética sustentada por Santo Agostinho – nos últimos, nos descartáveis, nos marginalizados, naquilo que a sociedade joga fora.

Cleusa Andreatta (à esquerda), Paulo Suess, José O Beozzo e Sérgio Coutinho
 
O hiato de 50 anos entre o Concílio Vaticano II e a atualidade é marcado por uma série de nuances e complexidades que se misturam à própria história da América Latina no contexto mundial. O próprio Papa Francisco pode ser considerado a materialidade de uma Igreja que transforma a periferia em centro, afinal é o primeiro Bispo de Roma que veio do "fim do mundo".

América Latina

Para ampliar o entendimento sobre as particularidades que moldam os desafios de se encarar o Concílio Vaticano II a partir da realidade Brasileira, Sérgio Coutinho, professor no Instituto São Boaventura e Centro Universitário IESB, em Brasília, destaca que os conceitos que orientaram o catolicismo, embora tenham se mantido quase inalteráveis em seus termos, sofreram profundas mudanças de significado. "

Foi do mesmo continente que sediou as conferências de Medellín, Puebla e Aparecida e de onde emergiu a perspectiva de abordagem da Teologia da Libertação que surgiu o primeiro Bispo de Roma não europeu, o argentino Bergoglio. "Nos anos 1970, evangelizar era anunciar o reino e denunciar o que ia contra esse anúncio. Hoje, evangelizar significa encontrar o caminho de Deus, trata-se de uma ação individual não estrutural da Instituição", pontua.

"Entre 1975 e 1985, sob as diretrizes da ação pastoral das Conferências de Medellín e Puebla e frente ao contexto político de dura repressão no continente americano, a evangelização começou a se relacionar com a ideia de libertação integral de todos os homens e do homem como todo", contextualiza Coutinho. "Daí que vem a opção pelos pobres, que tem o sentido de marginalizado, oprimido, e cuja a comunhão busca a construção de uma sociedade justa, fraterna e em confronto com os regimes autoritários", complementa.

Uma lente de aumento sobre o Brasil

José O Beozzo (à esq) e Sérgio Coutinho 

Ao retomar a história do Brasil e do Concílio Vaticano II nestas últimas cinco décadas, o professor doutor José Oscar Beozzo, coordenador do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular – CESEP, faz uma acurada análise sobre a realidade brasileira. "O Concílio foi feito por uma Europa envelhecida, que sofreu uma explosão anos antes. O concílio não deu elementos para tratarmos do tema da juventude, não temos nenhum documento sobre isso. A catequese não é um tema central. No Brasil o Censo de 1950 apontava que a metade da população brasileira era analfabeta. Passados 40 anos, em 2010, a população quintuplicou, mas reduzimos o analfabetismo para 9% (o que ainda é um escândalo), mas a realidade e totalmente diferente", analisa.

Ao aprofundar a verificação dos dados, Beozzo destaca que os desafios à interpretação do Concílio Vaticano II está diante de um cenário que tem pela frente não somente o diálogo inter-religioso como eixo de trabalho, mas a conversa entre um contigente expressivo de pessoas que se declaram sem religião. "Os que se diziam sem religião não chegava a 1 milhão em 1970. Em 2010 são mais de 15 milhões o número de pessoas que se declaram sem religião. A questão do ateísmo se tornará cada vez mais relevante, pois não se trata somente do diálogo inter-religioso, mas de saber como dialogar com as pessoas que vêm da ciência e do mundo secular, que hoje tem uma desafeicao com o mundo da Igreja", propõe.

Para além dos muros, uma nova relação

O alicerce do Concílio Vaticano II não serve (ou não deveria servir) para edificar edificar muros, senão para construir pontes, estabelecer sempre novas relações. "Não tem como haver inculturalidade sem se afastar dos ritos romanos. Temos aqui a Missa dos Quilombos, musicadas pelo maior músico negro do Brasil, Milton Nascimento, a Misa Criolla, que foi composta na Argentina etc", pondera Beozzo.

Sérgio Coutinho, com seu jeito afiado de provocar, destaca que "o conteúdo das diretrizes do Vaticano II é muito mais avançado que a prática dos bispos, apesar do texto apontar para uma certa urgência, as práticas vão no caminho inverso, são paquidérmicas e lentas". Por fim, provoca: "Para nós onde está a esperança?"

Paulo Suess
Com seu português claro e pausado, marcado por um sotaque germânico nem tão particular assim, Paulo Suess, ao analisar a relação da Igreja com a contemporaneidade metaforizando com um casal em crise, arrancou risos do público de mais de cem pessoas que acompanharam os eventos do primeiro dia do II Colóquio Internacional IHU – O Concílio Vaticano II: 50 anos depois. A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade. "A Igreja e contemporaneidade parecem um casal que se conhecem há 50 anos e que nunca se entenderam muito bem. Soa até ridículo que eles tenham uma 'D.R.' como se diz popularmente para discutir a relação", brincou o debatedor.

 

II Colóquio Internacional IHU

O evento prossegue nesta quarta-feira, 20-05-2015, e quinta-feira, 21-05-2015, no Auditório Central da Unisinos a partir das 8h30min.

O evento que reuniu Paulo Suess, Sérgio Coutinho e José Oscar Beozzo  debater o tema O Concílio Vaticano II e a Igreja no Brasil: olhares prospectivos e ocorreu na terça-feira, 19-05-2015.

Por Ricardo Machado | Fotos: João Vitor Santos


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