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Passagens: ''É a idade da incerteza. Estamos como os judeus diante do Mar Vermelho.'' Entrevista com Gustavo Zagrebelsky

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19 Março 2015

"O que não somos, o que não queremos", escrevia Montale. Mas aqui não estamos em uma esfera poética, estamos na mais prosaica das realidades. "Sabemos o que não somos mais, não sabemos o que seremos, o que estamos nos tornando", diz Gustavo Zagrebelsky, presidente da manifestação cultural Biennale Democrazia, para explicar o título da nova edição que se chamará "Passagens".

A reportagem é de Jacopo Jacoboni, publicada no jornal La Stampa, 15-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Professor, "Passagens" traz à mente as passages de Walter Benjamin, o flâneur que atravessa Paris – protótipo da cidade democrática, portanto, em sentido lato, dos Estados –, descobrindo os seus aspectos ocultos, vielas, possibilidades. Era essa a referência a que vocês pensavam para a Bienal?

Tínhamos nos colocado o problema dessa semelhança, mas, depois, nos perguntamos: a quantas pessoas isso virá à mente? Na realidade, o termo "passagens" faz alusão a um tempo de incerteza, a passagem típica é a do Mar Vermelho por parte dos judeus. Nós, como os judeus então, não sabemos ao que vamos ao encontro. Temos a sensação de não sermos mais o que éramos antes, mas não sabemos o que vamos encontrar. Nessa travessia, como os judeus no Mar Vermelho, choraremos pelas cebolas do Egito. Mas deveremos ir em frente.

Em frente sem saber aonde ou o "onde" se entrevê, por exemplo, no político? Nietzsche escrevia que "o navio rompeu as amarras, não sejas dominado pela nostalgia da terra".

Já somos "pós", mas não sabemos o que somos. O pós mais típico é o pós-democracia. A Itália está em um regime pós-democrático, em que não só não sabemos o futuro, mas não sabemos bem nem mesmo o presente. Por isso, será a Bienal das inquietações, da incerteza e, talvez, da semeadura de algumas perspectivas.

Essas inquietações dizem respeito à política, acima de tudo?

Um dos horizontes seguramente é a política. Que fim está tendo a política em uma época em que os Estados nacionais, nos quais a política se condensou, perderam grande parte da soberania? As grandes escolhas "políticas" de antigamente já se tornaram escolhas meramente executivas. E por "executivas" eu me refiro a escolhas do Executivo. Eu faço uma distinção entre executivo, que executa, e governo, que, ao contrário, deveria dar diretrizes políticas, governar, justamente. Cultura executiva significa que todos os governos estão sob a lei da necessidade, do equilíbrio financeiro, forçados a executar diretrizes distantes da política.

Quais são as outras passagens?

As transformações geopolíticas. A Europa perdeu a sua função central. Hoje é uma peça, impotente. Por isso, prestaremos uma atenção especial não só às instituições europeias, mas à cultura, à influência, à posição. Claudio Magris falará sobre isso em uma conferência magistral. Depois, aquelas passagens que são as migrações, encontro, confronto. E as mudanças econômicas, a passagem da economia real à financeira. Por fim, trago muito no coração as transições geracionais.

Aqui falamos também da Itália de Matteo Renzi [primeiro-ministro italiano]. Que se move no quadro do declínio dos Estados, do fim do poder, da crise da democracia em toda parte. O senhor é muito crítico com Renzi.

Eu acho que, com o fim das ideologias, apagou-se todo discurso das ideias. Existe apenas um discurso técnico, a política tornou-se pura reparação de problemas sociais, e o Estado – como entidade jurídica – transformou-se em um conceito quase de direito comercial, algo que pode "fracassar", o que é uma contradição total.

Alguns países têm mais anticorpos na sociedade, nos corpos intermediários. A Itália não, o senhor não acha?

Na França, por exemplo, depois do Charlie Hebdo, abriu-se um grande debate – sobre o qual Carlo Ossola irá falar –, veio à tona a tradition républicaine. Na Itália, tudo isso não aconteceu. E se faltam cidadania e forças intermediárias, a política se torna pura decisão de cima, fechamento oligárquico.

O senhor falaria de "democratura" para a Itália e para Renzi?

Veja, na teoria, falamos há anos desse termo: indica simplesmente uma democracia doente. Eu mesmo já a usei várias vezes. Mas o que eu vejo em andamento é principalmente um fechamento oligárquico. Ernest Renan dizia que a nação é um plebiscito de todos os dias. Hoje, poderíamos dizer que os Estados são um plebiscito dos mercados todos os dias.

Hoje, toda a retórica é o confronto jovens/idosos, mas, segundo o senhor, não é apenas uma narrativa que oculta a realidade?

Antigamente, as idades eram três, juventude, maturidade, velhice. Agora, desapareceu a maturidade, todos pensam de modo binário, jovens/idosos. Hoje, na Itália, estamos em uma passagem em que há uma geração nova. Renzi a chamou de "geração Telêmaco". Mas em que vocês são novos, eu lhes perguntaria, o que lhes dá identidade? Dizem: inovação, velocidade, competitividade. Tomemos o tema do trabalho: declina aquela que Bobbio, Rodotà e eu mesmo chamávamos de a era dos direitos. A geração Telêmaco quer mais velocidade e mais concorrência, e, para isso, deve cortar os direitos. Os mais prejudicados serão os direitos dos idosos, as pensões, mas, em geral, os direitos de todos aqueles que não produzem. Uma vez, os improdutivos eram eliminados fisicamente...

Em Esparta, Tebas... E hoje?

Também nas tribos norte-americanas: os idosos eram adormecidos sobre um cupinzeiro e devorados. Hoje, estamos nos transformando em uma sociedade em que só os produtores têm direitos. Entramos na era dos sem-direitos.


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