Wesolowski poderá ser condenado a sete anos por abusos e por possuir material pedopornográfico

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Por: André | 25 Setembro 2014

O ex-arcebispo polonês Jozef Wesolowski (foto) encontra-se em prisão domiciliar no Vaticano. Foi acusado de ter abusado sexualmente de menores e de possuir material pedopornográfico, segundo afirmou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, o padre Federico Lombardi.

 
Fonte: http://bit.ly/1uGEQEB  

A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada no sítio Vatican Insider, 24-09-2014. A tradução é de André Langer.

A prisão, “com a consequente limitação de seus contatos”, “pretende, evidentemente, evitar a possibilidade de que o imputado se afaste e a possível contaminação das provas”. “Os elementos de natureza documental e testemunhal sobre os quais se baseiam os cargos chegaram ao Promotor de Justiça: tanto as atas do inquérito canônico posto em marcha pela Congregação para a Doutrina da Fé, como a documentação que chegou da República Dominicana”, explicou Lombardi.

O inquérito sobre o caso do ex-núncio pode demorar alguns meses, “antes que possa começar o processo”, que, portanto, poderá começar “no final deste ano” ou “no começo” de 2015. O Promotor de Justiça, completadas as averiguações que considerar necessárias e os interrogatórios oportunos do imputado assistido por seu advogado, poderá formular ao Tribunal a petição de um novo reenvio a julgamento. Caso for aceito, começará o processo.

Um advogado foi posto à disposição do ex-núncio, mas “naturalmente pode exercer o direito de defesa mediante um advogado de sua confiança, que pode ser por ele designado”. Assim, pois, Wesolowski será processado com base nas normas vigentes antes da reforma penal de 2013 e poderá ser condenado a seis ou sete anos de prisão, mais eventuais agravantes.

A prisão, que ocorreu na terça-feira à tarde, no Vaticano, para onde havia sido chamado pelo Promotor de Justiça do Tribunal vaticano de primeira instância, Gian Piero Milano, foi autorizada para impedir que o prelado abandonasse o Estado da Cidade do Vaticano. O destino que o aguarda já foi traçado: além da pena canônica, ou seja, da redução ao estado laical (que se confirmará após o segundo grau), terá que responder a uma condenação penal por parte dos juízes do menor Estado do mundo e também a extradição para os países que o solicitarem (sobretudo a República Dominicana e a Polônia, e talvez outros onde prestou serviços. Desenvolveu sua carreira na África Meridional, Costa Rica, Japão, Suíça, Índia e Dinamarca, como conselheiro da nunciatura, e na Bolívia, Cazaquistão e Uzbequistão, onde foi núncio apostólico).

Wesolowski é o primeiro bispo preso no Vaticano da modernidade.