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O nosso desejo infinito de sermos ouvidos. Entrevista com Eugenio Borgna

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01 Setembro 2014

"Nunca se esqueça de formular um desejo. Nunca renuncie aos desejos", diz a mãe de Malte Laurids Brigge em uma célebre obra de Rilke. Mas ainda somos capazes de avistar as estrelas cadentes, em busca de algo que ainda não existe? Ainda sabemos desejar, o que também significa reconhecer o futuro dentro do próprio corpo social? E como os nossos desejos estão orientados? Começamos a nossa viagem a partir de um explorador de almas como Eugenio Borgna, protagonista da psiquiatria italiana e autor de livros belíssimos sobre a condição humana.

A reportagem é de Simonetta Fiori, publicada no jornal La Repubblica, 28-08-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis alguns trechos da entrevista.

(...)

A doença psíquica do nosso tempo é uma espécie de depressão?

Parece-me uma uma definição generosa demais: a depressão nasce da perda de algo que pode ser reconquistado. Temo que se trate de um tumor psíquico muito mais doloroso que se chama indiferença. A condição espiritual mais difundida hoje é a apatia, a perda de todo sentimento de solidariedade. Até mesmo os melhores de nós são induzidos a perder de vista "os desejos de infinito", para buscar aqueles microscópicos do próprio quintal. Mas a indiferença também é uma forma de distúrbio psíquico. A crise econômica tem o efeito de fazer com que os demônios voltem dentro de nós.

O senhor defende que nos descobrimos mais frágeis. Mas isso não está em contradição com o diagnóstico de apatia moral?

Não. Cresce a fragilidade, mas, ao mesmo tempo, cresce uma condição psiquicamente diferente que é a apatia. Quem é frágil nunca se tornará apático. Precisamente por estar associada a uma extraordinária introspecção e a uma capacidade de escuta, a fragilidade nos torna imunes da insurgência de distúrbios psíquicos como indiferença. É um escudo insubstituível. Se eu sei o quanto as palavras, os silêncios, as distrações podem fazer mal, nunca vou cair nesse erro. Mas a maioria das pessoas foge da fragilidade, por ser socialmente inconveniente, difícil de suportar.

Por que, no seu livro mais recente sobre a fragilidade, o senhor inclui os desejos também nessa definição?

Uma pedra não é frágil porque sobrevive a todas as colisões. Ao invés, desejos, esperanças e tristezas também são frágeis porque não sabem resistir às agressões da indiferença. Caem aos pedaços. E aqui está o seu valor enorme. São infinitamente mais preciosas as emoções e as palavras que quebram do que as inconsistentes que nunca se quebram.

As mulheres se sustentam melhor diante da crise?

Sim. O tecido interior das mulheres é mais rico e mais capaz de introspecção. São as mulheres que sabem ler e reviver a vida dos outros como um espelho em que o devir dos acontecimentos se reflete sem perder o seu significado mais profundo.

No fim da sua experiência, como psiquiatra e como psicoterapeuta, o que o senhor entendeu dos seres humanos? Qual é a coisa de que eles mais precisam?

O desejo sem limites de serem ouvidos. E de viver o tempo de cada encontro sem os condicionamentos do relógio, mas na sincronia entre o tempo interior de quem ouve e o tempo interior de quem é ouvido. É possível encontrar pessoas idosas que se amaram toda a vida sem nunca se conhecerem. É o enorme e imperscrutável fenômeno da solidão.

O senhor foi ouvido?

Acredito que o meu destino não podia ser senão esse.

Mas eu não me refiro ao exercício da profissão.

Atenção: o termo "profissão" em psiquiatria é mais do que nunca perigoso. Se o contato entre paciente e médico for ligado a um conceito técnico, não sei até onde isso seja útil para quem está mal e para quem trata. Um dos maiores psiquiatras do século XX, Viktor Emil von Gebsattel, conta que Lou Andreas Salomé queria que ele se tornasse o psicoterapeuta de Rilke. O escritor, em um primeiro momento, teria aceitado, depois se recusou, temendo que a análise de Gebsattel mataria os seus anjos: os anjos das elegias, os anjos da anunciação. Esse episódio restitui a riqueza emotiva do encontro entre médico e paciente.

Retiro o termo "profissão", mas repito a pergunta: na sua vida, o senhor ficou satisfeito com aquilo que indicou como a necessidade primária dos seres humanos?

Às vezes, sim. É difícil ser ouvido até o fim.


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