Por: Jonas | 10 Abril 2014
Curar a Terra é um livro de texto vivo do Projeto Internacional de Ecologia dos Jesuítas, dirigido por Michael Garanzini, SJ, reitor da Universidade Loyola de Chicago, e secretário de Educação Superior da Companhia de Jesus. Especialistas de universidades jesuítas e obras sociais de todo o mundo estão escrevendo este texto para aumentar a consciência sobre as questões ambientais.
Fonte: http://goo.gl/yzoAae |
A reportagem é publicada pelo portal Ecojesuit, 15-02-2014. A tradução é do Cepat.
O documento é um texto vivo que tem uma viva e mutável comunidade de pessoas de todos os continentes que contribuem para atualizar e aperfeiçoar o trabalho, por meio do intercâmbio de conhecimento a partir de diferentes contextos regionais.
Em uma oficina recente, para avançar em diferentes capítulos, o padre Garanzini se dirigiu ao grupo participante para enfatizar que este livro irá fazer algo que outros livros de texto não fazem. O texto entrelaça ciência, espiritualidade e ética para que os professores de ciências e os estudantes tenham uma compreensão humana mais profunda do mundo que nos rodeia, e como temos que fortalecer nosso conhecimento e cooperação.
Tratar de maneira conjunta o conhecimento e a experiência destes três campos é arriscado, já que os diferentes colaboradores podem receber o desrespeito dos outros em qualquer um dos demais campos, a não ser que os métodos e as inter-relações estejam bem definidos. “Procurar chegar a um público global é abrir caminhos”, comentou o padre Garanzini, e acrescentou: “os colaboradores arriscam suas reputações procurando fazer isso”.
O Dr. Michael Schuck e a Dra. Nancy Tuchman tomaram a iniciativa na sustentação e coordenação deste trabalho e das diferentes equipes envolvidas. Trata-se de um texto escrito por mais de 60 autores, e nenhuma editora assumiria o desafio. Com um comitê editorial de 25 pessoas, não seria fácil a dedicação de tantas pessoas, caso se pretendesse abordar a questão assim como outras iniciativas editoriais. O maior esforço é alcançar uma mesma visão de conjunto a partir de uma grande quantidade de contribuições. No momento, o texto se desenvolve em três idiomas.
É um desafio buscar alcançar um programa global que responda aos jovens de 18 anos de idade, em diferentes partes do mundo. Temos em conta um mundo de jovens em toda sua diversidade, no entanto, compartilhamos um nível de coerência em termos de cultura popular, música, esportes, e outros setores de interesse. Uma educação transformadora, para o qual o texto vivo Curar a Terra foi esboçado, para que permita aos jovens compreender mais profundamente o mundo que os rodeia para além de seus interesses comuns.
Em suas próprias instalações, a Universidade Loyola de Chicago abriu recentemente o Instituto de Sustentabilidade Ambiental para tornar conhecido, entre nossos jovens, as ameaças ambientais que espreitam o planeta, oferecendo oportunidades aos estudantes para desenvolver soluções concretas para problemas ambientais locais. As dependências do instituto se baseiam na eficiência energética. Trata-se da maior instalação geotérmica da região de Chicago e conta com uma grande estufa para a aprendizagem dos estudantes e da faculdade de pesquisas em técnicas de agricultura urbana sustentável. Além disso, há um laboratório onde os estudantes fazem combustível biodiesel para os carros do campus e óleo vegetal que as próprias cafeterias do campus utilizam. Estes projetos de conversão de resíduos em energia dão aos estudantes as ferramentas, assim como a esperança, para encontrar uma maneira de conciliar estas questões.
Desde 2011, quando o documento Curar um Mundo Ferido foi difundido defendendo um olhar sério para o modo como os educadores, estudantes e professores estão respondendo às questões da sustentabilidade, os problemas ambientais se tornaram ainda mais evidentes e graves. Como uma questão particular do documento, pede-se às instituições jesuítas para analisar as questões ambientais em suas escolas, casas de retiro, e obras, e para buscar um nível de compromisso com a sustentabilidade que produza mudanças.
E na medida em que nossa atenção à complexidade econômica e política destes temas ambientais muitas vezes surgem posteriormente, o texto tem que ser escrito considerando a economia e a política como outra seção no futuro. Assim como uma tese, temos o desafio de calcular nossa audiência, centrar os objetivos, encontrar o que vai sendo importante acrescentar, não para ampliar o texto, mas para mantê-lo acessível ao professor de ciências e sua classe.
O padre Garanzini montou um calendário, um prazo real para ter o texto, que é o de 2015, quando as universidades jesuítas se reúnem em Melbourne, Austrália (junto com a reunião das universidades católicas em janeiro), sendo a oportunidade para uma verdadeira colaboração entre os institutos jesuítas de educação superior, para a formação de mulheres e homens que possam transformar o mundo. O relógio está correndo, razão pela qual se trata de um momento de urgência para apresentar este projeto. Temos que aproveitar a rede nas escolas para ter um impacto positivo no apostolado da educação. Esta é a preocupação de todos e é uma questão acadêmica, assim como política, econômica e ética.
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Livro Vivo (Living Text), Curar a Terra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU