25 Novembro 2013
Pedro Fabro, primeiro e muito querido companheiro de Inácio de Loiola, viveu apenas quarenta anos. A primeira metade da vida decorreu na sua terra, a Sabóia dos Alpes, no seio de uma família rural pobre e muito cristã. Ajudado por um tio sacerdote, veio a estudar na Universidade da Sorbone, em Paris, e na pensão que habitava terá como companheiro de quarto a Francisco Xavier, 19 anos, e futuro santo. Lembrando tempos passados, fabro diz: tínhamos o mesmo quarto, a mesma mesa e a mesma bolsa de dinheiro. Inácio acabou por ser meu mestre em matéria espiritual.
O artigo é de Ramón F. de la Cigoña, jesuíta, e publicado no seu blog, Terra Boa, 02-08-2012.
Ordenado sacerdote, Fabro fez os Exercícios Espirituais sob a orientação de Inácio. Como padre, foi ele quem celebrou a missa em Montmartre/Paris, 15/AGO/1534, quando Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Afonso Salmerón, Diego Laynez, Nicolau de Bobadilla (espanhóis), Simão Rodrigues (português) e ele mesmo fizeram votos de pobreza e castidade, colocando assim os alicerces da futura Companhia de Jesus.
Os últimos dez anos de Fabro foram de intenso serviço apostólico, percorrendo a cavalo ou a pé Itália, Alemanha, Espanha, Bélgica, Portugal... Por onde passava, Fabro pregava, confessava, orientava espiritualmente e dava os Exercícios Espirituais... atento sempre às moções do Espírito de Deus. Fabro foi certamente o grande missionário da Europa, assim como Xavier o será na Índia. Era um homem encantador e mestre da espiritualidade inaciana!
Se Cristo se entrega a mim todos os dias na Eucaristia, não deverei eu me entregar a Cristo e e atodas as pessoas, boas e más, conversando, trabalhando, abrindo-me todo a todos?
Foi uma pessoa profundamente comprometida e contemplativa. Seu companheiro Simão Rodrigues, assim o definia: Tinha uma doçura alegre e uma cordialidade que nunca encontrei em ninguém. Entrava, não sei como, na intimidade dos outros, atuava pouco a pouco sobre os corações, e tão bem que pelo seu modo de proceder e o encanto da sua palavra, os levava ao amor de Deus...
Segundo o próprio Santo Inácio era quem melhor dava os Exercícios Espirituais. Fabro foi eleito delegado para o Concilio de Trento (1546-1563), mas morreu em Roma quando já estava a caminho... O Papa Pio IX o declarou bem-aventurado, em 1872.
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Inácio, Pedro Fabro e Francisco. Três amigos da Universidade de Paris - Instituto Humanitas Unisinos - IHU