04 Novembro 2013
“A ideia de decolonialidade procura transcender a colonialidade, a face obscura da modernidade, que permanece operando ainda nos dias de hoje em um padrão mundial de poder”, afirma Luciana Maria de Aragão Ballestrin, coordenadora do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, em entrevista publicada na revista IHU On-Line desta semana.
Ela participará, nesta semana, do I Seminário Internacional Pós-Colonialismo, Pensamento Descolonial e Direitos Humanos na América Latina, a ser realizado na Unisinos.
Por sua vez, Eduardo Mendieta, diretor do Departamento de Filosofia, na Stony Brook University, EUA, atesta que a “a América Latina é um espaço de anamnesis, da memoria pasionis da história como plataforma do verdugo, também é um espaço de memória do fogo da resistência criadora que sofre, mas forja, inaugura e projeta”.
Ambos participam do debate sobre o tema do pensamento descolonial proposto pela revista IHU On-Line desta semana.
Também participam da discussão os seguintes pesquisadores e pesquisadoras.
César Augusto Baldi, servidor do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e doutorando na Universidad Pablo Olavide, Espanha, investiga a reinvenção da imaginação jurídica, destacando que é preciso avançar primeiro na justiça cognitiva para poder-se chegar então à justiça social.
O semiologista Walter Mignolo, professor na Duke University, Estados Unidos, analisa a recriação do continente americano a partir de novos significados e imaginários, livres dos controles exercidos pelo projeto eurocêntrico hegemônico.
Peter Fitzpatrick, professor no Birkbeck College - University of London e na University of Kent, Reino Unido, analisa o mito de origem da modernidade ocidental e a constituição da mesma sobre uma referência negativa universal.
Fernanda Bragato, professora da Unisinos e coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da universidade, investiga a lógica existente na produção de conhecimento sobre os direitos humanos e a exclusão das culturas não ocidentais.
Professor no Birkbeck College, Oscar Guardiola-Rivera investiga o projeto pós-colonial como um resgate do que ainda é útil no pensamento ocidental para a construção de novas lógicas e perspectivas.
José-Manuel Barreto, professor no Goldsmiths College, Reino Unido, aborda as tensões entre a crítica descolonial e a racionalidade eurocêntrica.
Jayme Benvenuto Lima Júnior, professor e pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – Unila, analisa as possibilidades da transculturalidade.
Mais duas entrevistas completam esta edição.
Adam Kotsko, teólogo, autor do livro Zizek and Theology (Philosophy & Theology). London: Bloomsbury T&T Clark, 2008, expõe as teses centrais do seu livro.
“A virada neurológica das humanidades” é o tema da entrevista com Francisco Ortega, filósofo, professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
A revista IHU On-Line estará disponível no sítio do IHU, nesta segunda-feira, a partir das 17h, nas versões HTML, pdf e ‘versão para folhear’.
A versão impressa circulará no campus da Unisinos, terça-feira, a partir das 8h.
A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!
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Pós-colonialismo e pensamento descolonial. A construção de um mundo plural - Instituto Humanitas Unisinos - IHU