Por: Jonas | 04 Dezembro 2012
Num comunicado enviado ao Serpaj Py [Serviço Paz e Justiça - Paraguai], para que fosse divulgado, Adolfo Pérez Esquivel (foto) expressou preocupação em relação aos camponeses(as) em greve de fome por causa do massacre de Curuguaty, no último dia 15 de junho. Sobre a situação do país disse que o “Paraguai vive um golpe de Estado encoberto com certo verniz de institucionalidade”.
A reportagem é publicada no sítio Serpaj Py, 23-11-2012. A tradução é do Cepat.
Além disso, disse estar a par da notícia sobre a forte repressão policial, na madrugada do dia 22 de novembro, contra os manifestantes que vinham se concentrando em vigília solidária aos camponeses(as) grevistas, em frente a Promotoria Geral do Estado.
Em relação aos grevistas, entre os quais está uma mulher, Lucía Agüero, e que se destaca como a que está em situação mais grave, enfatizou que “nenhum dos camponeses deseja fazer uma greve de fome, mas são levados pelas injustiças e as contínuas violações dos direitos do povo paraguaio”.
Representando a Serpaj - Argentina, Pérez Esquivel reclamou às autoridades uma rápida solução ao problema exposto e o fim da repressão. É responsabilidade do Estado garantir a vida de cada cidadão e respeitar seus direitos.
Situação atual dos grevistas
A imprensa começou a divulgar a informação de que o juiz de Curuguaty, José Benítez, concedeu a prisão domiciliar dos quatro detidos em greve de fome: Juan Carlos Tillería, Alcides Ramírez, Lucía Agüero e Luis Olmedo Paredes. No entanto, os outros oito presos continuam reclusos na penitenciária de Coronel Oviedo.
Sobre Adolfo Pérez Esquivel
Em 1980, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua luta em favor dos Direitos Humanos e há pouco foi designado membro do Comitê Executivo da Assembleia Permanente das Nações Unidas sobre Direitos Humanos. Atualmente, Pérez Esquivel dedica seu tempo ao Serviço Paz e Justiça - América Latina (Serpaj – AL) e ao Projeto Aldeia Crianças para a Paz, que atende a muitas crianças em situação de risco social.
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Greve de fome dos camponeses de Curuguaty é motivada pelas injustiças, opina Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU