24 Março 2012
Da coluna de Tulio Milman, jornalista, publicada no jornal Zero Hora, 24-03-2012,
Profanação 1
Surpresa.
A palavra define o sentimento do pároco Carlos Haas ao avistar um barulhento grupo de cerca de 15 pessoas entrando na Catedral Metropolitana durante a missa oficiada pelo arcebispo dom Dadeus Grings.
De acordo com uma das participantes do Movimento Ocupa POA, que pediu para não ser identificada, o ato era uma homenagem aos indígenas que construíram o prédio.
Profanação 2
A partir daí, fiéis e manifestantes, entre os quais dois indígenas do Acre, entoaram seus cantos ao mesmo tempo, estabelecendo uma espécie de disputa sonora.
Procurado, Haas contou o que viu: “Eles subiram no altar e um deles chegou a se sentar na cadeira do arcebispo”.
Em nenhum momento, dom Dadeus interrompeu a liturgia. Meia hora depois, o grupo foi embora.
Profanação 3
Carlos Haas, que é o pároco da Catedral, afirma: “Se eles tivessem nos pedido, abriríamos espaço para a conversa e o diálogo”.
A integrante do movimento garante que o grupo pediu licença e que a intenção era realizar o ato em outro horário, mas que o prédio não estava aberto.
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