06 Julho 2011
Vito Mocella, pesquisador do Instituto de Microssistemas do CNR [Conselho Nacional de Pesquisas da Itália] em Nápoles, também trabalha em um modelo da capa da invisibilidade.
A reportagem é de Elena Dusi, publicada no jornal La Repubblica, 06-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a entrevista.
Já vê aplicações?
Li patentes muito esquisitas. Citava-se a possibilidade de cobrir mísseis com uma tela para torná-los invisíveis. Esse uso ainda me parece inverossímil para mim, mas o interesse das indústrias ligadas à produção militar certamente é grande.
Quais são as maiores dificuldades?
Quanto à capa do silêncio, o problema é que o ouvido humano é capaz de perceber um espectro muito amplo de frequências. Chegar a abranger todas elas não será fácil, mas também é verdade que estamos trabalhando duro. As frequências percebidas pelo olho, em comparação, são mais restritas.
Quase se poderia dizer que a ciência supera a ficção científica.
As capas da invisibilidade e do silêncio são fruto da nossa habilidade no uso das nanotecnologias. Do ponto de vista técnico, somos capazes de obras com as quais, há poucos anos, só podíamos sonhar. Hoje, sabemos manipulação a matéria em escala muito reduzida, pouco maior do que a do átomo. Isso nos permite desviar a luz e fazer com que ela siga comportamentos que não existem na natureza.
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"Com o uso das nanotecnologias, a ciência supera a ficção científica" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU