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Misericórdia, não meritocracia!

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22 Setembro 2017

Publicamos aqui o comentário do monge italiano Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, sobre o Evangelho deste 25º Domingo do Tempo Comum, 24 de setembro (Mt 20, 1-16). A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Depois da parábola do servo impiedoso que não sabe reiterar a misericórdia e o perdão obtidos (cf. Mt 18, 21-35), eis uma parábola sobre a escandalosa misericórdia de Deus. Escandalosa porque ele não é meritocrática, isto é, não é um sentimento, uma ação de Deus que alcança os seres humanos a partir dos seus méritos; não pode ser conquistada, muito menos adquirida, mas só pode ser acolhida como um dom: ela é gratuita, por isso, o seu nome também é “graça”. Deus faz graça na sua infinita liberdade e no seu infinito amor, e ninguém pode reivindicar prêmios, muito menos privilégios, por eleição ou vocação.

- Jesus faz o anúncio dessa boa notícia em uma parábola contada em três cenas e completada por um comentário final (v. 16);

- em horas diferentes, desde o amanhecer até o fim da tarde, o patrão da vinha sai para contratar trabalhadores (vv. 1-7);

- à noite, ele paga os trabalhadores (vv. 8-10);

- por fim, o patrão justifica o seu comportamento (vv. 11-15).

O protagonista da primeira cena é “um homem, um chefe de casa”, em seguida definido também como “patrão da vinha”, que atua de manhã à noite, saindo de casa para ir à praça buscar trabalhadores para a sua vinha, como era o costume naqueles tempos. Desde o início do amanhecer, portanto, desde as seis horas, ele se dirige à praça e chama trabalhadores, estipulando com eles um contrato: ele os pagará pelo dia inteiro, uma moeda de prata, de acordo com as tarifas do mercado daquela época.

Depois, ele sai novamente perto das nove horas e contrata outros operários, prometendo-lhes: “Eu vos pagarei o que for justo”. Faz o mesmo perto do meio dia, perto das três horas e até perto das cinco horas da tarde. Àqueles que ele encontra na praça quase no fim do dia, ele pede a razão de estarem sem fazer nada, e eles respondem: “Ninguém nos contratou”, isto é, “ficamos desempregados”.

O patrão faz muitas chamadas, não exclui ninguém, oferece trabalho em todas as horas: sai de casa por nada menos do que cinco vezes, até mesmo no fim da tarde, quando se aproxima o pôr-do-sol, e só resta apenas uma hora útil para o trabalho.

A partir dessa primeira cena, fica claro que todos os que estavam na praça do mercado foram chamados pelo patrão e que, à noite, não há mais desempregados. Note-se também que essa convocação é feita pelo próprio patrão, não por um administrador dele: isso é muito estranho, porque os proprietários, normalmente, não entravam diretamente em contato com trabalhadores frequentemente sujos, vestidos com roupas indecentes e, em todo caso, rudes. Mas esse comportamento indica a solicitude desse patrão, que quer ver na cara quem trabalha na sua vinha e quer estipular, ele mesmo, os contratos com os seus operários.

Chega a noite, e os operários retornam da vinha. O patrão, homem justo e também generoso, observa fielmente a lei: “Não explore um assalariado pobre e necessitado... Pague-lhe o salário a cada dia, antes que o sol se ponha, porque ele é pobre e sua vida depende disso. Assim, ele não clamará ao Senhor contra você, e em você não haverá pecado” (Dt 24, 14-15).

O patrão, depois, chama o administrador e lhe ordena que pague os trabalhadores, começando pelos últimos e terminando com os primeiros contratados. A ordem dos chamados é invertida, e isso faz com que os primeiros possam observar que salário o patrão correspondeu àqueles que trabalharam menos do que eles.

O administrador, de acordo com a ordem recebida, começa a dar uma moeda de prata aos operários da última hora. Aqueles que trabalharam desde o início da manhã pensam, então, que deverão receber um pagamento mais alto: trabalharam mais horas, portanto, merecem mais! Cria-se entre eles uma expectativa, bem logo desiludida. O texto, de fato, anota laconicamente: “Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata”, nem mais nem menos do que os outros.

Se até aqui foram descritas quase que apenas ações, com a exceção da rápida menção ao pensamento que pairou na mente dos operários contratados no início da manhã, na última cena, Jesus, mostrando toda a sua habilidade de narrador e de conhecedor do coração humano, detém-se para considerar os sentimentos dos personagens.

Os operários da primeira hora, agora, passam do pensamento fugaz à comparação com os outros trabalhadores: nasce disso a raiva por terem sido tratados como os outros, e a sua expectativa frustrada os leva a murmurar. Murmurar, esse terrível uso da palavra, infelizmente tão familiar e atestado na Igreja e nas comunidades; tantas vezes nos detivemos sobre esse autêntico câncer das relações humanas...

Esses trabalhadores recriminam, expondo com raiva ao patrão o resultado das suas palavras trocadas às escondidas: “Trabalhamos de manhã à noite, cansamo-nos por 12 horas, suportamos o peso do calor, debaixo do sol ardente, enquanto estes últimos chegaram quase no fim da jornada, trabalharam apenas uma hora, no frescor do pôr-do-sol, mas você os igualou a nós”.

É isso, em última análise, que eles não conseguem suportar: “Eles foram igualados a nós”, chamados por primeiro e chamados por último são todos iguais! Aos seus olhos, isso parece ser uma injustiça, uma atitude que não vê nem reconhece os méritos. Consequentemente, o patrão é considerado por eles injusto, insuportável, portanto.

Eles nos representam bem: de fato, quando queremos afirmar aquela que nos parece ser a justiça, sentimo-nos carregados de autoridade, levantamos a voz para expressar de forma até dura a nossa convicção. “A justiça em primeiro lugar!”, dizemos, e nem sequer surge em nós o pensamento de que a nossa justiça pode ser limitada e de que pode haver outros critérios de justiça. Quando os outros expressam julgamentos de justiça sobre nós, sentimos que são duros; quando, ao contrário, podemos apelar à justiça para julgar, sentimo-nos fortes, levantamos a voz...

Sobre essa murmuração, o patrão da vinha intervém resolutamente, dirigindo-se a um dos contestadores. Acima de tudo, chama-o de “amigo”, termo utilizado na parábola do banquete nupcial, para indicar o homem desprovido da roupa para a festa (cf. Mt 22, 12), e até por Jesus em relação a Judas, na hora da traição (cf. Mt 26, 50).

A repreensão, portanto, é introduzida de modo amigável, talvez não desprovido de uma certa ironia. O patrão também recorda que ele respeitou a retribuição concordada, portanto, não cometeu nenhum erro, não foi injusto. Mas ele não quer forçar a mão, por isso despede o murmurador sem qualquer palavra de condenação: “Toma o que é teu e volta para casa!”.

Mas depois ele continua, com a intenção de deslocar a ênfase para a própria gratuidade: “Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?”. Ele certamente respeita a justiça e, portanto, o acordo estabelecido, mas quer dar mais àquele a quem caberia menos, para que possa levar para casa o salário necessário para si e para a própria família.

Portanto, ele mostra uma justiça diferente daquela prevista e implementada pelos homens: uma justiça não retributiva nem meritocrática. Esse conceito de justiça, que Jesus atribui a Deus, escandaliza os devotos que se esforçam para contar as suas ações para poder enumerar os seus méritos.

“Trabalho, ganho, então reivindico!”: esse modo vulgar de se expressar traz o sinal de uma lógica que nos habita e que devemos nos esforçar para extirpar do nosso coração. Ao lado de nós, há pessoas menos afortunadas por nascimento ou por história; há pessoas fracas que não trabalham como nós porque não podem; há aqueles que não têm emprego ou que a doença tornou menos produtivos. Estes não são descartes a serem esquecidos ou, pior, abandonados: são nossos irmãos e irmãs, carne da nossa carne, e nós devemos pensar também neles, à imagem do senhor da vinha, que, na sua generosidade misericordiosa, não quer outro ser humano volte para casa, para a sua família, sem o necessário para viver.

Por fim, o patrão da vinha desnuda um risco presente na atitude daqueles que se comparam com os outros: “Ou estás com inveja [o teu olho é malvado], porque estou sendo bom?”. Com essa simples pergunta, ele traça o mecanismo da inveja, termo que deriva de in-videre, isto é, “não querer ver” a felicidade, o bem, a alegria do outro, como se esta atentasse contra a nossa. Ciúme e inveja podem nascer no nosso coração – porque “é do coração humano que nasce... o olho malvado” (Mc 7, 21-22) – mas que devem ser combatidos, para se chegar, progressivamente, no exercício da escuta do outro, da com-paixão e da empatia com ele, a se alegrar quando o outro se beneficia com a nossa bondade, que é sempre bondade de Deus.

Também podemos medir como essa parábola é escandalosa lendo uma parábola rabínica, inspirada, com toda a probabilidade, na nossa:

Um rei, que havia contratado muitos operários, foi controlar o trabalho que realizavam. Notou que um deles era mais hábil e mais rápido do que todos os outros; pediu-lhe, então, para acompanhá-lo em uma caminhada que durou todo o resto do dia. À noite, deu-lhe uma remuneração igual à dos outros que tinham ficado trabalhando. Estes, então, protestaram: “Nós trabalhamos duro o dia inteiro, e este, que trabalhou apenas duas horas, recebeu o mesmo salário que nós. Não é justo!”. Então o rei respondeu: “Ele fez mais trabalho em duas horas do que vocês em um dia inteiro” (Talmud de Jerusalém, Berakhot 2,3).

O contraste com a parábola evangélica não poderia ser mais claro: aqui, há uma lógica meritocrática, enquanto Jesus fala de gratuidade, de uma misericórdia que não deve ser merecida, mas acolhida com alegria como dom e como amor derramado sobre todos nós, todos irmãos e irmãs, todos filhos e filhas amados por Deus. Diante desse amor, não há privilégios para se orgulhar!

Façamo-nos uma pergunta: como pensamos a nossa relação com Deus? Como relação na graça ou como desempenho meritório? Na verdade, só a graça de Deus pode instaurar a comunhão conosco; e se tentássemos ir ao encontro dele fortalecidos com os nossos supostos méritos, não conseguiríamos conhecer o seu amor, sempre gratuito e nunca merecido.

Uma digna conclusão dessa parábola, que canta a misericórdia do Senhor, que não cria primeiros e últimos, mas a todos quer salvar, parece-me ser um trecho da “Catequese sobre a Santa Páscoa”, atribuída a João Crisóstomo:

Quem trabalhou desde a primeira hora receba hoje o justo salário; quem veio depois da terceira, renda graças e festeje; quem chegou depois da sexta, não hesite: não sofrerá dano algum; quem tardou até a nona, venha sem hesitar; que chegou apenas na undécima, não tema pelo seu atraso. O Senhor é generoso, acolhe o último como o primeiro, concede o descanso a quem chegou na undécima hora, assim como a quem trabalhou desde a primeira. Faz misericórdia ao último e serve ao primeiro.

Que a misericórdia infinita do Senhor, que nos é dada de modo totalmente gratuito seja compartilhada entre nós, todos seus amados e amadas, sem fazer qualquer comparação, mas entrando na sua lógica, que nos foi revelada de uma vez por todas por Jesus Cristo: “Vocês receberam de graça, deem também de graça!” (Mt 10, 8).

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