04 Mai 2022
"Contratos milionários de venda de imóveis feitos pelo Cardeal Poli, além de aluguéis por dezenas de anos por preços irrisórios, beneficiando Poli e pessoas muito próximas a um dos assessores financeiros de Poli, um pároco do bairro de Belgrano", diz Eduardo Feinmann na Rádio Mitre.
"Foi uma questão muito dolorosa para o Papa Francisco porque ele se sentiu traído por aquele que ele nomeou em seu lugar depois de ser nomeado Sumo Pontífice", acrescenta.
A diocese, por outro lado, fala de uma visita ao Papa na qual o arcebispo de Buenos Aires “compartilhará o caminho sinodal da arquidiocese”. Ressalta-se que a visita ocorrerá em plena Assembleia Plenária do Episcopado Argentino, na qual o prelado de Buenos Aires não poderá participar. Bergoglio receberá Poli na quinta-feira na Casa Santa Marta.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 03-05-2022.
Na manhã da Rádio Mitre, foram divulgadas informações sobre a polêmica que gira em torno da ligação do Vaticano ao cardeal Mario Poli.
O jornalista Eduardo Feinmann destacou que antes dos rumores que chegaram a Roma sobre operações econômicas de última hora com o patrimônio da Igreja argentina, Francisco enviou uma "visita de supervisão fraterna" que acabou dando notícias dolorosas ao Papa.
Em Alguém tem que dizer na Rádio Mitre, Eduardo Feinmann revelou informações exclusivas sobre a polêmica em torno da ligação do Vaticano ao cardeal Mario Poli.
"Contratos milionários de venda de imóveis feitos pelo Cardeal Poli, além de aluguéis por dezenas de anos por preços irrisórios, beneficiando Poli e pessoas muito próximas a um dos assessores financeiros de Poli, um pároco do bairro de Belgrano", disse Feinmann sobre as descobertas.
E acrescentou: “Foi uma questão muito dolorosa para o Papa Francisco, porque se sentiu traído por aquele que nomeou em seu lugar depois de ser nomeado Sumo Pontífice”.
“Dizem-me que Poli não é muito querido pelo clero na Argentina, ele teve uma atitude soberba com padres de diferentes paróquias”, insistiu Eduardo Feinmann e encerrou: “Estamos diante de um escândalo de proporções na Argentina”.
Deve ser lembrado que Mario Aurelio Poli está a meses de completar 75 anos, data em que deve apresentar sua renúncia, e é Arcebispo de Buenos Aires Primaz da Argentina desde 28 de março de 2013 após a assunção de Jorge Bergoglio como Papa no Vaticano.
A diocese, por outro lado, fala de uma recepção na qual o arcebispo de Buenos Aires “compartilhará o caminho sinodal da arquidiocese”. Ressalta-se que a visita ocorrerá em plena Assembleia Plenária do Episcopado Argentino, na qual o prelado de Buenos Aires não poderá participar. Bergoglio receberá Poli na quinta-feira na Casa Santa Marta.
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