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Mudanças climáticas podem provocar uma nova configuração na geografia brasileira. Entrevista especial com Ricardo Ruiz

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06 Janeiro 2009

Um estudo realizado na Universidade Federal de Minas Gerais aponta que, ao afetarem a agricultura do Nordeste brasileiro, as mudanças climáticas trarão consequências bastante profundas para a economia da região. Um dos pesquisadores envolvidos com o estudo é o professor Ricardo Ruiz, que conversou com a IHU On-Line por telefone sobre essas consequências. Segundo ele, se afetarem a agricultura, as mudanças climáticas poderão provocar uma redução de até 11% no PIB nordestino. O estudo é ainda recente e não foi concluído. Uma segunda fase buscará compreender ainda a influência caso haja consequências para a energia da região. Ruiz avalia ainda que a migração pode voltar a aumentar, porém agora não apenas para o Sudeste, mas também para o Centro-Oeste e o Norte do país. “Uma mudança na geografia brasileira irá ocorrer caso as mudanças climáticas se confirmem”, avisa.

Ricardo Ruiz é graduada em Economia, pela Universidade Estadual de Campinas. É mestre em Ciência Econômica, pela Unicamp, e doutor em Economia, pela New School for Social Research, dos Estados Unidos, além de professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – De que forma as mudanças climáticas irão atingir a região Nordeste do país?

Ricardo Ruiz – O que fizemos neste estudo é uma avaliação de impacto das mudanças climáticas em um segmento específico da economia nordestina, no caso a agricultura. Ou seja, como as mudanças climáticas afetam as atividades agrícolas e, quando isso acontece, como atingem o conjunto da economia nordestina. Nós fizemos esse estudo e chegamos à conclusão de que, para o conjunto da economia nordestina, as mudanças climáticas, afetando somente as atividades agrícolas, geram uma redução no PIB potencial da economia nordestina em 11%. Isso quer dizer que a economia local terá um custo maior e uma renda menor, ou seja, a economia nordestina sofrerá os impactos climáticos e uma capacidade menor de gerar renda. Essa é a grande conclusão.

IHU On-Line – Considerando a oferta de água e geração de energia, juntamente com esse problema que será causado na agricultura e decorrência do aquecimento global, o que podemos prever para a economia do Nordeste do país?

Ricardo Ruiz – No caso, a geração de energia é um ponto crítico no Brasil e no Nordeste. Não temos informação sobre os impactos das mudanças climáticas na geração de hidroeletricidade. Esse estudo não está concluído ainda. Mas estamos captando o impacto negativo de 11% no PIB nordestino, caso ocorram as mudanças climáticas dentro do cenário A2 do IPCC, ou seja, o cenário de mais impacto. Esse valor de 11% está subestimado, porque nos faltam ainda informações para estimar o impacto na geração de energia elétrica. Se incorporarmos o impacto da energia elétrica, provavelmente a queda no PIB será maior.

IHU On-Line – É possível mudar esse quadro?

Ricardo Ruiz – O problema climático não é um problema exclusivamente brasileiro. Esse é um problema mundial. Para mudar esse cenário de aquecimento da Terra devido a atividades econômicas poluidoras, dependemos também dos que os outros países fazem. Esse é um problema global e assim deve ser tratado. O que podemos fazer aqui no Brasil? Primeiro, dar apoio político aos que defendem a minimização dos impactos climáticos, basicamente os países europeus. Precisamos também desenvolver novas tecnologias de captação e conservação de água. As atuais tecnologias talvez não sejam eficientes para um cenário mais adverso. Por exemplo, conservar água em açude é eficiente caso a temperatura suba 4ºC? Claro que não. Essa é a primeira linha. A segunda linha é uma que já está sendo explorado na Embrapa, o desenvolvimento de novas culturas mais resistentes a altas temperaturas e à seca. A Embrapa é o grande órgão que seria o chefe dessa política de desenvolvimento de políticas e novas culturas. A terceira linha é que precisamos modificar os costumes das famílias, das empresas, dos prestadores de serviço, isto é, de todo mundo que utiliza água. É preciso ensinar a população a reciclar água. O problema é que temos muito pouca tecnologia de reciclagem de água. Devemos desenvolvê-la com urgência. E, obviamente, precisamos ensinar a população a consumir menos água num cenário como esse. Isso é particularmente importante para o Nordeste do país.

IHU On-Line – Que tipo de consequências as outras regiões do país podem sofrer em decorrência do que o aumento da temperatura causará à economia do Nordeste?

Ricardo Ruiz – Como o impacto no Nordeste será muito intenso e negativo, algumas regiões tendem a ganhar e outras a perder. Por exemplo, alguns estudos apontam que no Centro-Oeste a soja pode se tornar mais difícil de ser cultivada e sua produção pode diminuir. O oeste baiano vai deixar, provavelmente, um produtor de soja no futuro. Obviamente, isso coloca outros estados em vantagem, pois foram grandes produtores de soja e hoje não conseguem ser de forma produtiva, em particular o Rio Grande do Sul e o Paraná. Vale o mesmo para o café, que pode deixar de ser cultivado em Minas Gerais e voltar a ser produzido pelo Paraná. Várias atividades agrícolas irão sofrer mudanças no país. Não temos respostas definitivas para isso, mas apenas especulações. Esses temas precisam de mais estudos.

IHU On-Line – E qual a situação da migração atual?

Ricardo Ruiz – A migração é um tema importante para o Nordeste. Nos últimos dez anos, a migração tinha diminuído um pouco para o Sudeste. Muitos estavam voltando para o Nordeste, porque as condições estavam melhorando. Se por acaso o impacto climático for mesmo intenso, essas pessoas podem voltar a migrar. Outro movimento que estamos detectando já é uma migração para o Norte e Centro-Oeste. Em alguns anos, poderemos encontrar uma grande migração, mas agora não apenas para o Sudeste do Brasil.

IHU On-Line – E, em relação ao Brasil, surgirá uma nova geografia da produção agrícola?

Ricardo Ruiz – Pode. Nesse estudo, já detectamos algumas potenciais mudanças, mas a pesquisa é ainda muito preliminar. Precisamos continuar estudante este tema, mas tenho certeza que uma mudança na geografia brasileira irá ocorrer caso as mudanças climáticas se confirmem.


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