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Etty Hillesum e a audácia de pensar o bem do mundo

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26 Agosto 2017

“Estou confiada a mim mesma e deverei me virar sozinha. A única norma que você tem é você mesma, eu sempre repito isso. E a única responsabilidade que você pode assumir na vida é a sua. Mas você deve assumi-la plenamente.”

O comentário é da filósofa italiana Alessandra Pigliaru, da Universidade de Sassari, publicado por Il Manifesto, 24-08-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Naquele 21 de outubro de 1941, Etty Hillesum anotava em poucas linhas uma das grandes lições que entregaria ao século XX, na Europa flagelada pelo nazismo, que, dali a pouco mais de dois anos, a conduziria à morte em um campo de extermínio.

Dessa confiança em si mesma, ela que foi embora no limiar dos 30 anos, conhecia cada interstício individual, junto com todos os perigos. Apesar da solidão experimentada nos recessos materiais e espirituais de que a condição humana está provida, foram grandes e nítidas as genealogias da escritora holandesa, judia e poetisa rara, que viveu e vasculhou o humano até dentro da profundidade da sua casca frágil e sensual, de bem e de mal.

Era muito o mal, conhecido, primeiro, no ano passado em Westerbork e, depois, em Auschwitz, era mortal o ódio, e era assassina a fúria com que – ela tinha pleno conhecimento disso – dali a pouco se consumaria a hecatombe. Porém, ao ler os seus “Diários” (junto com as “Cartas”, eles estão publicados [em italiano] pela editora Adelphi), escritos nos três anos anteriores à despedida definitiva da desolação terrena, eleva-se uma parábola do bem. Sem ser nada paradoxal nem uma apologia da bondade, essa fome de bem apoia-se em uma força incansável de palavras luminosas, no instante deslumbrante pelo fato de ter pacificado o tormento de si, esquivando-se do luto de um “mundo inóspito”.

Sem abrigo para o desastre, a tarefa a que Etty Hillesum se autoriza é contar a realidade fenomênica para chegar à parte umbrátil, menos visível. Este é o centro da escrita como tentativa suprema de pôr ordem, acima de tudo, em si mesma e no mundo que a atordoava.

Era uma obstinação lancinante dela; depois, o corpo a corpo com a prática da oração em um tapete de coco, junto com os beijos e a breve náusea que a tomava quando não conseguia expressar o que pretendia parar sobre a folha.

Donna della parola. Etty Hillesum e la scrittura che dà origine al mondo [Mulher da palavra. Etty Hillesum e a escrita que dá origem ao mundo] (Ed. Apeiron, 159 páginas), de Antonella Fimiani, é um interessante modo para retornar a esse poderoso aprendizado. Com firme dedicação, Fimiani entrega em cinco capítulos ágeis os principais temas da parábola de Hillesum.

O amor, a audácia de pensar o próprio tempo, a incubação silenciosa de um indizível que, no entanto, deve ser registrado e testemunhado. De Dostoiévski a Rilke e Hannah Arendt, o conjunto de conversas era a arquitetura de quem aceita a dor, mas sabe se resignar a ela. É nesse rastro que encontramos “a descoberta de um deus não relegado à solidão, mas traçado pela relação concreta com o humano”.

Assim, a escrita “é outro modo de possuir, de atrair as coisas para si, com palavras e imagens”. Uma questão de insaciabilidade, não de altruísmo, à qual chega a assunção plena da responsabilidade. Magistério simples, ditado pela intuição formidável que, sem se deixar aos outros e às outras, permanece na cegueira de um eu autocentrado, dramaticamente inútil.

É fome de bem o fato de se tornar “um coração pensante” em uma época celerada, complexa trajetória feita a partir de uma altura – mais ontológica do que ética – para muitas e muitos inatingível.

Descobrir-se videntes na inevitabilidade de um destino, alcançar as suas fronteiras materiais, tocá-las todas para manter o humano consigo e admitir um estatuto adicional que essa realidade é capaz de expandir; poderiam ser chamadas de estratégias de sobrevivência. Para Etty Hillesum, era o próprio tecido do seu estar no mundo.

Não há necessidade de superar a si mesmo, bastaria acolher o que se é: com graça, Antonella Fimiani também explica isso, seguindo o trajeto da escritora. O apego primordial à relação é a primeira peça inevitável.

Antes de entender a impossibilidade de amar um só homem, a mão de Julius Spier era o que sustentava os seus dias. Grande e generosa, a sua mão não era apenas um segundo rosto – como prometia a quirologia da qual se ocupava o bizarro psicólogo junguiano – quando lhe acariciava os cabelos ou a apertava a si, era o abraço de quem havia decidido crer nela, certamente menos hipnótico do que a boca indisponível, embora especialista em tecer os sonhos de uma mulher da metade dos seus anos.

Assim como a mão de Deus, a partir da qual Etty imaginava “rolar melodiosamente”, a mão do amante também era sabiamente móvel. Desenhava reviravoltas e projeções, infinitas e perturbadoras; Spier (S., assim denominado nos “Diários”), no fundo, era a outra parte de Deus, perfeita unificação em um mundo igualmente vulnerável.

“E agora que eu não quero mais possuir nada e que sou livre”, admite, resolvida, “agora eu possuo tudo, e a minha riqueza interior é imensa.” Uma interioridade tão carnal que é difícil não cair apaixonados ou, pelo menos, comovidos, da primeira à última palavra da jovem escritora holandesa, estando de pé diante do espelho aos pedaços de um século XX que conserva entre os nomes mais brilhantes o de Etty Hillesum.

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