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O espírito de Roberto Simonsen

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08 Junho 2017

“Na essência, os argumentos do conservadorismo oligárquico caboclo – outrora ancorado na propriedade da terra, hoje na finança – continuam os mesmos: uma embolada de preconceitos, combatidos por Roberto Simonsen nas décadas de 20, 30 e 40”, constata Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, em artigo publicado por CartaCapital, 08-06-2017.

Segundo ele, “o liberalismo à brasileira sempre combinou a rejeição (de todos os liberais) às intromissões da política na economia com a profunda e mal dissimulada desconfiança na capacidade nativa de alcançar por conta própria as conquistas da sociedade industrial e de seus padrões modernos de convivência”.

Eis o artigo.

Empresário, intelectual e escritor, líder de classe, homem público, Roberto Simonsen morreu aos 59 anos, em 25 de maio de 1948, quando protagonizava um de seus inúmeros papéis sociais.

Simonsen desapareceu no limiar da memorável escalada desenvolvimentista do Pós-Guerra. Não é exagero de linguagem afirmar que o espírito de Roberto Simonsen inspirou e vigiou a dolorosa e exitosa caminhada brasileira para a construção de uma pujante economia urbano-industrial.

Ainda que cruel em suas desigualdades sociais e regionais, a empreitada mudou “a cara do Brasil”. Roberto Simonsen era um evangelizador da civilização industrial. Perseguiu esse projeto com a pertinácia dos obstinados.

Em seu discurso inaugural na fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, em 1928, Simonsen proclamou que “no atual estágio da civilização a independência econômica de uma grande nação, seu prestígio e sua atuação política como povo independente no concerto entre as nações só podem ser tomados na consideração devida, possuindo esse país um parque industrial eficiente, na altura de seu desenvolvimento agrícola”.

O discurso recebeu a reprovação agressiva das classes conservadoras e de seus ideólogos. Em seu livro Três Industriais Brasileiros, o grande Heitor Ferreira Lima reproduz o artigo de um comentarista da imprensa paulistana.

Dizia o çábio (revisão, esse çábio é com ç): “Não temos condições para o desenvolvimento industrial, porque somos um país de analfabetos, com imigração de analfabetos e ainda em anarquia política, econômica e financeira... o problema do Brasil consiste em aproveitar suas terras, as mais vastas, inexploradas do globo”.

Não foram outros os argumentos de Eugênio Gudin, também engenheiro-economista como Roberto Simonsen, na célebre Controvérsia do Planejamento Econômico de 1944.

Também não é de hoje que os senhores da mídia, aqueles que formam a opinião pública, lançam seus exércitos na batalha contra a industrialização, a luz elétrica e o saneamento básico, em prol da febre amarela da hemoptise e do bicho-de-pé.

O Brasil escapou dos latidos dos vira-latas e empreendeu a aventura da industrialização. Entre 1947 e 1980, saibam os incréus, o PIB cresceu em média 7,1%, marca não igualada, no período, nem mesmo pelo Japão ou pelos celebrados Tigres Asiáticos.

Ao longo do período, o Estado constituiu formas superiores de organização capitalista, consubstanciadas: 1. num sistema financeiro público e 2. em grandes empresas estatais, replicando o “capitalismo organizado” das industrializações avançadas.

O fato de o Estado coordenar e capitanear a industrialização conferiu ao capitalismo brasileiro retardatário a condição da economia mais desenvolvida entre os países da Periferia.

O setor produtivo estatal – num país periférico e de industrialização tardia – funcionava como um provedor de externalidades positivas para o setor privado: 1. O investimento público era o componente “autônomo” da demanda efetiva (sobretudo nas áreas de energia e transportes) e corria à frente da demanda corrente.

2. As empresas do governo ofereciam insumos generalizados (energia, aço, não ferrosos) em condições e preços adequados e 3. Começavam a se constituir – ainda de forma incipiente – em centros de inovação tecnológica. A celebrada Embrapa nasce dessa concepção de desenvolvimento.

O sistema de bancos públicos e os programas de crédito dirigido dos bancos privados garantiam o abastecimento de recursos para o setor privado, aí incluído o financiamento de capital de giro para as pequenas e médias empresas.

O crédito de longo prazo para a infraestrutura e para o investimento industrial era provido a taxas subsidiadas pelo então BNDE. A Finame sustentava o financiamento para a comercialização de bens de capital.

As críticas à industrialização brasileira não mudaram, desde os liberais-escravistas do Jeca Tatu de Monteiro Lobato até os contemporâneos Cosmopolitas Jecas que imaginam perfilhar as recomendações da dita Ciência Econômica.

Na essência, os argumentos do conservadorismo oligárquico caboclo – outrora ancorado na propriedade da terra, hoje na finança – continuam os mesmos: uma embolada de preconceitos, combatidos por Roberto Simonsen nas décadas de 20, 30 e 40.

O liberalismo à brasileira sempre combinou a rejeição (de todos os liberais) às intromissões da política na economia com a profunda e mal dissimulada desconfiança na capacidade nativa de alcançar por conta própria as conquistas da sociedade industrial e de seus padrões modernos de convivência.

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