16 Dezembro 2016
Ganha forma o grupo de estreitos colaboradores do Papa na gestão das políticas para os migrantes do novo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, que começará suas funções no dia primeiro de janeiro de 2017. O Papa Francisco, que reservou a si próprio a responsabilidade sobre os migrantes e refugiados do novo dicastério, hoje, nomeou dois subsecretários para o mesmo. Trata-se do jesuíta Michael Czerny e do scalabriniano Fabio Baggio. As nomeações foram publicadas pela Sala de Imprensa vaticana. Há alguns dias, o cardeal Peter Turkson, prefeito do novo dicastério, já havia antecipado que existia um grupo de estreitos colaboradores do Papa Francisco envolvido com a questão dos migrantes.
A reportagem é publicada por Vatican Insider, 14-12-2016. A tradução é do Cepat.
O Papa, desta maneira, explicou a Sala de Imprensa vaticana, “no exercício de guia do setor do dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, que se encarrega especificamente do que concerne aos refugiados e migrantes, nomeou como seus colaboradores diretos”, que começarão a trabalhar no primeiro dia de janeiro de 2017, os “subsecretários do novo Dicastério”: o jesuíta Michael Czerny, assessor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, e o scalabriniano Fabio Baggio, presidente do Scalabrini International Migration Institute, que faz parte da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Urbaniana.
Estas são as biografias dos dois novos subsecretários.
O jesuíta Czerny nasceu na então Checoslováquia, em 1946, e entrou na Companhia de Jesus em 1963. Foi ordenado sacerdote 10 anos depois, pela província canadense dos jesuítas. Em 1978, obteve o doutorado em Estudos Interdisciplinares, na Universidade de Chicago. Em 1979, em Toronto, fundou o centro dos Jesuítas para a fé e a justiça social e o dirigiu até 1989 quando, após o assassinato dos jesuítas na Universidade Centro-Americana (UCA), se mudou para San Salvador, onde foi vice-reitor desse ateneu até 1991 e diretor do Instituto para os direitos humanos do mesmo centro. De 1992 a 2002, foi secretário da justiça social na Cúria Generalícia da Companhia de Jesus e depois trabalhou na África como fundador e diretor da African Jesuit Aids Netwwork, rede de apoio para os jesuítas africanos comprometidos na resposta à pandemia do HIV. A partir de 2005, ensinou no Hekima College, na Catholic University of Eastern Africa de Nairóbi e colaborou com a Conferência Episcopal do Quênia. Desde 2010, é assessor no Pontifício Conselho Justiça e Paz.
Fabio Baggio nasceu em Bassano del Grappa (Itália), em 1965. Em 1976, entrou no seminário com os Scalabrinianos e fez a profissão perpétua em 1991. Um ano mais tarde foi ordenado sacerdote. Em 1998, doutorou-se em História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
De 1995 a 1997, em Santiago de Chile, além de continuar exercendo seu ministério pastoral, foi conselheiro da Comissão Episcopal para as Migrações do Chile (Incami). Posteriormente, até 2002, foi diretor do departamento para a migração da Arquidiocese de Buenos Aires. De 1999 a 2010, ensinou na Universidad del Salvador (Buenos Aires), no Instituto de Teologia de São Paulo – ITESP (Brasil), no Ateneu de Manila e na Maryhill School of Theology de Cidade Quezon (Filipinas), onde foi diretor do Centro Scalabriniano para a Migração e do Asian Pacific Migration Journal. Atualmente, é presidente e professor na Faculdade de Teologia, da Pontifícia Universidade Urbaniana.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Papa nomeia um jesuíta e um scalabriniano como subsecretários para a gestão das políticas migratórias do novo Dicastério - Instituto Humanitas Unisinos - IHU