14 Março 2020
Marianela García Villas y campesinos. El Salvador, †1983.
Abogada de los pobres, fundadora y presidenta de la Comisión de Derechos Humanos de El Salvador (CEDHES), asesinada junto a 29 campesinos en Guazapa por soldados del batallón Atlacatl, cuando se encontraba desarrollando una investigación a petición de la Federación Internacional de los Derechos Humanos y de la ONU. Marianela había entrado en El Salvador con ocasión de la visita del Papa para conseguir pruebas del uso de armas químicas (fósforo blanco y napalm) por el ejército gubernamental.
Marianella García Villas, fundadora e presidente da Comissão de Direitos Humanos de El Salvador desde 1978, vice-presidenta da Federação Internacional de Direitos do Homem desde 1980, membro da Pax Christi Internacional, moça salvadorenha de 35 anos, dedicada aos pobres de seu povo, assassinada pelo exército em La Bermuda, Cuzcatlán.
Marianella, tantas vezes encarcerada, vexada e ameaçada de morte em El Salvador, tão conhecida e tão premiada no exterior, durante seus repetidos exílios, entrou em seu país em janeiro de 1983 com as armas que sempre usou: o amor a seus irmãos, a justiça que jurara defender como advogada e sua máquina fotográfica para registrar a tortura e a morte diária de seu povo.
Quis apresentar diante da Comissão de Direitos Humanos de Genebra as provas do uso de armas químicas contra a população civil. E Marianella caiu sob as balas do exército junto a noventa camponeses, enquanto colaborava para livrá-los.
Seu corpo, entregue a representantes do bispo, tinha braços e pernas quebrados, bala na cabeça e no ombro, lascas de pedra e lesões em todas as partes.
Como seu mestre Jesus - a quem seguia na leitura diária do Evangelho - como tantos salvadorenhos, Marianella foi horrivelmente torturada antes de morrer.
Toda a sua vida, desde adolescente da Ação Católica Universitária, de sua banca de deputada, dos tribunais internacionais, Marianella, pequena, de aparência frágil, era a voz do povo amordaçado, a advogada dos pobres, a companheira dos oprimidos, a irmã dos perseguidos, a obstinada defensora da dignidade humana.
Por isso Marianella estará presente quando alvorecer a liberdade em El Salvador, para mancar o caminho da justiça definitiva.
Texto elaborado por Tonny da Irmandade dos Mártires da Caminhada, a partir do livro: Sangue Pelo Povo em Irmandade dos Mártires da Caminhada
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14 de março de 1983 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU