A revista
Der Spiegel divulgou carta em que a
Igreja Evangélica da Alemanha (EKD) dos anos 60, dirigida ao Governo Federal, elogia
Adolf Eichmann, organizador do Holocausto. Segundo a denúncia, “o assassino em massa foi descrito como um ‘homem com um coração bondoso’”.
A informação é da
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 24-08-2011.
A carta tem cerca de 50 anos, mas lança uma luz negativa sobre a Igreja Protestante, afirmou a revista. As informações prestadas pela Igreja em 1960 ao governo de
Konrad Adenauer aparecem em documentos do Arquivo Político do Ministério das Relações Exteriores.
Uma carta de
William Mensing-Brown, superintendente de Linz - cidade austríaca em que o assassino em massa havia crescido - foi enviada ao Ministério das Relações Exteriores referindo-se a
Eichmann como "decente", um "bom coração" e "com grande disponibilidade para ajudar".
Mensing-Brown escreveu que não poderia "imaginar" que o ex-tenente-coronel SS
Adolf Eichmann, estivesse "de acordo ou teria sido capaz de praticar crueldades ou atos criminosos." Ele foi sequestrado na Argentina e levado para Israel. Os irmãos dele tentaram conseguir um tribunal internacional e não um israelense, e pediram ajuda à Igreja.
Isso levou o bispo
Hermann Kunst, representante da EKD no governo federal, a enviar a carta de
Mensing-Braun para o Ministério das Relações Exteriores pedindo uma votação "pelo menos interessante."
Mas a tentativa foi mal sucedida. Em
Jerusalém,
Eichmann foi condenado e executado em 1962.
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Igreja Evangélica elogiou Adolf Eichmann - Instituto Humanitas Unisinos - IHU