09 Março 2011
As radiações luminosas, a interação com os outros, o tempo que corre agradavelmente até às pequenas horas. São os ingredientes que tornam a Internet a inimiga do repouso noturno. A afirmação é de Cristiano Violani, presidente da Sociedade Italiana de Pesquisa sobre o Sono e professor da Sapienza de Roma.
A reportagem é de Elena Dusi, publicada no jornal La Repubblica, 08-03-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a entrevista.
A luz das telas impede que peguemos no sono?
Sim, tem um efeito sobre o ritmo circadiano [ciclo biológico que se completa em 24h]. O organismo custa a perceber a chegada da noite e a se preparar para o sono. Mesmo que a luz de uma tela possa parecer muito fraca, é suficiente para influenciar o cérebro. O que o atinge é principalmente a diferença entre o ambiente externo escuro e a iluminação do quarto.
Mas a TV também emite radiações luminosas.
Mas não é interativa. Faz cair sobre as nossas cabeças uma capa de passividade, exige um empenho cognitivo quase nulo, distrai de qualquer outro pensamento, frequentemente e com prazer nos entendia e está ligada à ausência de movimento do corpo. A Internet é muito mais estimulante e agradável. Como todas as atividades gratificantes, faz com que o tempo corra muito velozmente. As horas pequenas passam sem que nem nos demos conta.
E a luz acesa para ler um livro?
É muito mais fraca do que a emitida por uma tela, porque é refletida pela página. Até como um aliado do sono, um bom livro bate qualquer aparelho eletrônico.
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As telas luminosas e o sono - Instituto Humanitas Unisinos - IHU