Vencedores e perdedores no Colégio dos Cardeais

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08 Janeiro 2012

Agora, o Papa Bento XVI já nomeou agora mais da metade dos homens que irão eleger o seu sucessor. Desde a sua eleição em 2005, quem ganhou e quem perdeu?

A análise é do jesuíta norte-americano Thomas J. Reese, em nota enviada à IHU On-Line, 06-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Reese é membro sênior do Woodstock Theological Center, centro jesuíta independente de pesquisa teológica da Georgetown University, em Washington. Entre 1998 e 2005, foi editor-chefe da revista America, renomada revista jesuíta dos EUA. Em português, publicou O Vaticano por Dentro: A Política e a Organização da Igreja Católica (Edusc, 1998).

Eis o texto.

Com as últimas nomeações papais ao Colégio dos Cardeais, o Papa Bento XVI nomeou agora mais da metade dos homens que irão eleger o seu sucessor. O impacto dessas nomeações pode ser visto ao se comparar a composição do atual colégio com a sua composição no momento de sua eleição em 2005. Quem ganhou, quem perdeu?

O maior ganhador é a Itália. Na época da eleição de Bento XVI, os italianos compunham 16,5% do colégio. Depois do dia 12 de fevereiro, os cardeais italianos serão 24% do colégio. Isso inverte a tendência iniciada pelo Papa Paulo VI e continuada por João Paulo II, que reduziram o percentual de cardeais italianos no colégio.

O outro grande vencedor com o Papa Bento XVI foi a Cúria Romana, que agora representa cerca de um terço do Colégio dos Cardeais, contra pouco menos de um quarto do colégio em 2005.

Quem perdeu? A África, Ásia, América Latina e Europa Ocidental (sem contar a Itália) estão todas levemente em baixa desde 2005. O papa teve que tirar um pouco de cada uma delas para aumentar os números da Itália.

A proporção de norte-americanos e canadenses no colégio continua a mesma, embora os EUA irão perder dois cardeais este ano, quando Edward Egan e James Francis Stafford completarão 80 anos. Outros nove cardeais irão completar 80 anos este ano, apenas um da Itália. A América Latina perderá três; a Europa Ocidental, dois; a Europa Oriental, um. Assim, só o envelhecimento irá aumentar ainda mais a proporção do bloco italiano até o fim deste ano.