Semana Santa – Mito, História, Fé

Mais Lidos

  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

05 Abril 2012

"O Mediador Jesus Messias ("Messias" significa "Cristo") construiu, a partir de pequenas interrupções históricas (“o Reino de Deus no meio de nós”), a perspectiva de grandes transformações das quais poderá nascer um segundo paraíso que integra o mundo histórico num mundo transistórico. O espaço escatológico dessa reintegração ou reconciliação convencionamos chamar “Mundo Novo”, Paraíso, Terra sem Males, Céu, reino de Paz e Justiça", escreve Paulo Suess, missiólogo e assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário - CIMI.

Eis o artigo.

No passado, “ter” uma religião era a situação normal de indivíduos e povos. O “ter” uma religião, hoje, não é mais óbvio. No mundo moderno, as pessoas aprenderam ser justos e solidários, altruístas e egoístas, santos e pecadores sem religião. As religiões aprenderam transformar seus mitos em história. Quando chegaram a limites explicativos de seus mistérios, exigem fé.

Os cristãos que celebram, neste tempo pascal, morte e ressurreição de seu Messias, com o nome programático de Jesus, que significa, “Deus salva", se movimentam na mesma linha explicativa, entre mito, história e fé. Todos sentimos que nosso mundo vivencial não corresponde ao imaginário de um “paraíso” ou de um espaço perfeito. Um Deus, que os cristãos consideram criador do mundo e imensamente bom, só poderia criar um mundo perfeito. Por conseguinte, o mundo bom foi perdido. Ao interpretar o pesadelo de um paraíso perdido, criado por um Deus que consideram bom e perfeito, recorrem à figura explicativa do “pecado original” e a um mediador histórico, enviado por Deus, para sanar o mundo das consequências dessa ruptura causada pelo pecado.

O Mediador Jesus Messias ("Messias" significa "Cristo") construiu, a partir de pequenas interrupções históricas (“o Reino de Deus no meio de nós”), a perspectiva de grandes transformações das quais poderá nascer um segundo paraíso que integra o mundo histórico num mundo transistórico. O espaço escatológico dessa reintegração ou reconciliação convencionamos chamar “Mundo Novo”, Paraíso, Terra sem Males, Céu, reino de Paz e Justiça.

Na vida dos cristãos, sobretudo dos pobres, mito, história e fé estão entrelaçados numa trama de leituras arquetípicas, lutas históricas e imagens de fé e esperança.