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Agamben atualiza o Evangelho usando as categorias da Idade Média. Artigo de Marco Rizzi

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21 Novembro 2013

Agamben se revela como um epígono das estruturas do pensamento medieval, mesmo que declarando o seu irreversível fracasso.

A opinião é de Marco Rizzi, professor de literatura cristã antiga da Università Cattolica del Sacro Cuore, em artigo publicado no caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 17-11-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Entre os episódios evangélicos, o "processo" de Jesus diante de Pôncio Pilatos seguramente está entre aqueles que mais marcaram o imaginário ocidental: basta pensar no gesto de Pilatos que se lava as mãos ou na pergunta que permanece sem resposta no seu diálogo/interrogatório com Jesus: "O que é a verdade?", definida por Nietzsche como "a piada mais sutil de todos os tempos".

No plano histórico, o debate entre os estudiosos é rico, a partir da natureza jurídica do que aconteceu: tratou-se de um verdadeiro processo segundo o direito romano, ou Pilatos fez uso do seu poder repressivo fora do ordenamento processual, talvez para dar satisfação ao Sinédrio judaico ou impedir tumultos? Quanto os diálogos são um relato confiável e quanto, ao invés, são o fruto da reelaboração teológica dos evangelistas, especialmente de João, que oferece o relato mais amplo?

Comprometido há um longo tempo em uma releitura da tradição cristã para captar as suas raízes, esquecidas, mas ainda operantes, do nosso mais estreito presente, Giorgio Agamben, no livro Pilato e Gesù (Nottetempo) propõe uma interpretação própria do debate, a seu ver digno do irredutível dualismo entre tempo histórico e eternidade, sagrado e profano, justiça deste mundo e redenção divina.

A conclusão de Agamben é sem apelo, para além de toda problemática histórica ou jurídica. Entre as duas dimensões em jogo, o divino e o humano, o temporal e o eterno, não há possibilidade de encontro, e, portanto, toda salvação é impossível, tanto no plano histórico, como no religioso: "Como insalváveis, as criaturas julgam o eterno: esse é o paradoxo, que, no fim, diante de Pilatos, tira a palavra de Jesus".

Além da forma expressiva, que mistura habilmente dados filológicos, análise histórica e divagações filosóficas, dando a tudo a aparência de solidez argumentativa, a leitura deixa mais do que uma dúvida. Em última análise, é difícil evitar a impressão de que, dos textos evangélicos, assim como, mais em geral, da tradição cristã, já é lícito tirar de tudo, contanto que seja útil para "demonstrar" esta ou aquela outra tese pré-constituída. E as observações formuladas por Gustavo Zagrebelsky, resenhando o livreto de Agamben no jornal La Repubblica do dia 25 de outubro nada mais fazem do que confirmar isso, opondo citações a citações do Novo Testamento.

Mais especificamente, pode-se observar como o tema do dualismo e da oposição entre os dois reinos, tão central para Agamben, emergiu apenas no Ocidente medieval, depois do conflito desencadeado com Gregório VII entre papado e império. Até aquele momento – e na tradição do cristianismo oriental até hoje –, o texto evangélico era utilizado em direção oposta, para justificar a plena legitimidade do poder terreno, que se tornou cristão depois de Constantino, já que o próprio Jesus, por assim dizer, tinha confinado o seu reino no céu.

Não por acaso, os dois pilares da argumentação de Agamben são Tomás de Aquino e Dante: dois autores que caíram totalmente na intempérie do conflito medieval entre os dois poderes, mesmo que os seus esforços vão exatamente na direção oposta, ou seja, buscando conciliar história e salvação, Igreja e império.

Paradoxalmente, mais do que desvelar a estrutura profunda da modernidade graças àquela que, em outros lugares, se define de "arqueologia" dos conceitos e dos dispositivos político-filosóficos, Agamben se revela, ao invés, como um epígono das estruturas do pensamento medieval, mesmo que declarando o seu irreversível fracasso.

Em termos mais gerais, é lícito se interrogar sobre qual pode ser o valor de um retorno à análise da tradição cristã conduzida por Agamben, que nos últimos anos o tornaram, talvez, o filósofo italiano mais lido no exterior. Se o interesse específico não é a reconstrução histórica na sua acepção mais tradicional ou a identificação de relações efetivas e demonstrável entre ideias, pessoas e acontecimento ao longo do tempo, mas sim o de trazer à tona a condição do nosso presente, é preciso se perguntar se não é o caso de olhar para o passado não tanto para identificar supostas continuidades milenares, mas sim para, ao contrário, realizar um necessário distanciamento das formas históricas e, portanto, transitórias, que o cristianismo de vez em quando assumiu no Ocidente (e não só). Caso contrário, o risco é o de ler os problemas do presente a partir da visão daqueles aspectos do passado que, hoje, têm menos significado.

Em suma, se não se trata de seguir a advertência evangélica de "deixar que os mortos enterrem os mortos" e, no caso do processo de Jesus, de deixar de lado toda teologia política, para se concentrar naquilo que, hoje, pode significar o fato de fazer justiça ao inocente.


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