11 Junho 2013
O bispo de San Cristóbal de las Casas, dom Felipe Arizmendi Esquivel, que se caracteriza pela defesa da causa dos emigrantes, em sua missa dominical, expressou que o assassinato de duas mulheres hondurenhas, ocorrido no dia 30 de maio, em Chiapas, não foi mais do que uma vingança de quem tem feito da extorsão aos indocumentados um negócio, pois elas haviam feito uma denúncia a esse respeito.
A reportagem é publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 04-06-2013. A tradução é do Cepat.
Ao concluir a homilia, Arizmendi fez declarações à imprensa e qualificou de “vergonha internacional” o fato do México não oferecer maior proteção aos que passam por seu território a caminho dos Estados Unidos como destino final. Isso é resultado dos muitos migrantes que vem fugindo de El Salvador, Honduras e Nicarágua, em razão da situação econômica e da violência que recebem das quadrilhas das “maras”, de modo que, sabendo do perigo a que se expõem, decidem atravessar a fronteira mexicana.
Também recordou que ele, em nome da Igreja, múltiplas vezes denunciou tal situação, sobretudo, na região de Palenque, no estado de Chiapas, ao sul do México, lugar em que os delinquentes maltratam os migrantes, assaltam, espoliam e chegam, inclusive, a assassiná-los, como no caso destas duas mulheres, vítimas do recente crime. Segundo o bispo de San Cristóbal de las Casas, o Governo não tomou as medidas necesserias para colocar fim a esses crimes, nem sequer para diminuir seus números. Comentou que paroquianos desse lugar contam como alguns desses criminosos caminham pelas ruas “orgulhosos e provocativos”.
Tanto a Igreja, como ativistas, exigiram, mais de uma vez, que sejam buscadas formas para que os imigrantes circulem de forma segura, para evitar que os traficantes de pessoas e os bandos do crime organizado se aproveitem de sua situação, embora os militares precisem acompanhar o trem onde atravessam a fronteira e melhorar os serviços de inteligência, que acabem com tanta delinquência, disse o bispo.
Segundo Arizmendi, as duas mulheres assassinadas, no dia 30 de maio, Iris Suleida Raudales Flores e Cynthia Carolina Cruz Bonilla, tinham feito uma denúncia, dois dias antes, acerca das extorsões que estavam sofrendo por parte dos criminosos. A Promotoria de Chiapas informou à imprensa que os cadáveres das duas mulheres haviam sido transportados para um consulado que o país hondurenho tem em Tapachula, para serem repatriados e entregues a seus familiares, para que sepultem nas respectivas regiões de onde saíram em busca do sonho americano.
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(Isaías 58, 6-8b)
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Fronteira do México. O assassinato de duas mulheres aumenta a inaceitável situação de violência - Instituto Humanitas Unisinos - IHU