11 Julho 2014
O cardeal de Berlim, Rainer Maria Woelki, torna-se o novo arcebispo de Colônia. Woelki foi durante muitos anos confidente do seu antecessor, Meisner, mas é considerado uma pessoa aberta às reformas. O prefeito, Roters, acolheu favoravelmente a decisão.
A reportagem é de Joachim Frank e Matthias Pesch, publicada no sítio do jornal Kölner Stadt-Anzeiger, 10-07-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O governo do Land Nordrhein-Westfalen, que, com base na concordata prussiana deve aprovar formalmente a escolha de Woelki feita pelo Capítulo da Catedral de Colônia antes da nomeação por parte do Papa Francisco, tomou a decisão na quarta-feira. A aprovação também é do Land Rheinland-Pfalz, em cujo território se estende uma pequena parte do arcebispado. Assim, na sexta-feira, poderá ser feita a comunicação simultaneamente em Roma e em Colônia.
Agora se sabe como foi mudada a lista dos nomes expressados pelo capítulo da catedral de Colônia para a sucessão do cardeal Joachim Meisner, por parte da competente Congregação para os Bispos do Vaticano ou pelo próprio papa.
Isso aconteceu também recentemente na nomeação do novo arcebispo de Friburgo, escolhido no fim de maio. De acordo com informações de pessoas envolvidas, Woelki não estava na lista dos três candidatos do Capítulo de 15 pessoas que têm direito à escolha. O Capítulo, ao contrário, tinha proposto o administrador encarregado da diocese, Stefan Hesse, e os bispos de Trier e de Dresden, Stephan Ackermann e Heiner Koch, mas não o bispo de Essen, inicialmente citado, Franz-Josef Overbeck.
No entanto, Woelki, que vem de Colônia-Mülheim e que, antes da sua transferência para Berlim, era bispo auxiliar em Colônia, era considerado um aspirante à mais importante sede episcopal . "Se os romanos, por um lado, contornaram as propostas vindas de Colônia, por outro, no entanto, não quiseram entrar em conflito com a cidade. Por isso, é óbvio que tenha sido inserido na lista dos candidatos um cardeal que fosse de casa em Colônia", disse um influente eclesiástico da diocese.
Woelki, que por muitos anos foi o "protegido" e o estreito confidente de Meisner, rapidamente se emancipou da sua influência em Berlim. Agora ele é considerado um representante de tendência reformadora pragmática na Igreja Católica e – como o Papa Francisco – aberto a mudanças pastorais, por exemplo na atitude para com os homossexuais e os divorciados em segunda união.
O retorno a Colônia seguramente deve corresponder ao desejo pessoal de Woelki, até mesmo pelos seus laços estreitos com a sua diocese natal.
Se a nomeação se tornar oficial, "é uma boa escolha para Colônia", disse o prefeito, Jürgen Roters. Woelki, na sua opinião, tem uma atitude aberta para com as pessoas e é "muito próximo das ideias do novo papa".
Hannelore Bertscherer, presidente da Comissão Católica, também acolheu favoravelmente a decisão, afirmando que Woelki, proveniente de Colônia, conhece a diocese e fez um bom trabalho em Berlim.
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Cardeal Woelki sucede Meisner em Colônia, na Alemanha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU