13 Mai 2015
No dia 13 de maio de 1981, o 'killer' Mehmet Ali Agca, atentou contra a vida de João Paulo II na Praça de São Pedro.
O famoso jornalista Indro Montanelli narrou assim, depois de uma conversa com Papa Wojtyla:
"Santo Padre", disse, "o senhor foi ao encontro, na prisão, do seu atentador...(1983)".
"Caridade cristã...", interrompeu o Papa.
"Correto, caridade cristã. Mas o que o senhor conseguiu entender do que moveu e dos objetivos daquela tragédia?"
(...) "Falei com aquele homem", disse, "dez minutos, não mais: muito pouco para compreender qualquer coisa a respeito dos motivos e dos objetivos que certamente fazem parte deste enrosco (garbuglio, em italiano) ... se diz assim?... muito grande. Mas uma coisa entendi com clareza: Ali Agca ficou traumatizado não por ter atirado em mim, mas pelo fato de não ter conseguido me matar. Ele como killer se considerava infalivel. Era isto, me creia, que o deixava triste: ter que admitir que Alguém ou Alguma coisa lhe tinha atrapalhado o tiro".
João Paulo II não fez em nenhum momento, ao recordar aquele episódio, nem no restante da convesação, referência ao nome de Deus ou da Providência. Ele somente disse: "Alguém ou Alguma coisa". Mas se ouvia muito bem que naquele "Qualcuno o Qualcosa" ninguém acreditava tanto quanto ele. E acrescentou, com um sorriso: "Além do mais, sendo muçulmano, ignorava que precisamente naquele dia era a festa de Nossa Senhora de Fátima..."
Fonte: Il Sismografo, 13-05-2015. A tradução é de IHU On-Line.
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34 anos depois do atentado de Mehmet Ali Agca contra João Paulo II - Instituto Humanitas Unisinos - IHU