02 Março 2015
Em preparação para a Páscoa, os jesuítas da rede Ignatian Solidarity Network (ISN) estão oferecendo uma série de reflexões quaresmais em torno do tema Renewing the face of the Earth (Renovando a face da Terra).
Veja abaixo, na sessão "Para ler mais", as outras partes dessa série.
Autores de todo o mundo oferecem breves reflexões a partir de suas experiências de cuidado da criação e das leituras do dia. Essas reflexões diárias examinam a nossa fé e o modo como praticamos o cuidado ambiental.
A Ignatian Solidarity Network (ISN) é uma rede de justiça social que reúne universidades, colégios, paróquias, junto com diversas outras instituições católicas e parceiros seculares. Fundada em 2004, a rede se inspira na espiritualidade de Santo Inácio de Loyola.
A reflexão de hoje foi escrita por John Sealey, que atua na equipe provincial dos jesuítas do oeste dos Estados Unidos, nos ministérios internacionais e de justiça social. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Dois grupos podem ser considerados inocentes em relação às mudanças climáticas.
Primeiro, os pobres, porque não têm renda disponível para consumir e desperdiçar combustíveis fósseis. Segundo, as comunidades indígenas – historicamente e ainda hoje, muitos são pessoas da floresta e da pesca, cuja subsistência é independente dos combustíveis fósseis.
No entanto, esses são os mesmos grupos que mais sofrem com as mudanças climáticas (refugiados ambientais, sobreviventes da fome e dos tufões). Eles também são grupos cuja saúde e existência têm sido abaladas pela busca incessante de combustíveis de carbono.
Se eles são inocentes, de quem é a culpa? No topo da lista, estamos eu mesmo e as maneiras pelas quais eu desperdicei e brandi uma atitude de direito de posse em termos do meu apetite de carbono. No entanto, lentamente, com a graça de Deus e a ajuda dos outros, eu estou despertando, para aderir à luta para enfrentar o status quo dos combustíveis fósseis, para diminuir o meu apetite de carbono e para promover alternativas mais limpas.
Oração:
Deus amoroso, obrigado por me convidar constantemente a experimentar mais profundamente a Tua presença nos outros e nas terras e nas águas ao meu redor. Fortalece-me a uma gratidão mais profunda aos Teus dons. Não me deixe ser tão rápido ao culpar os outros, mas a ver humildemente as minhas próprias falhas. Permite-me aproximar-me daqueles que são irrepreensíveis.
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''Renovando a face da Terra'': bem-aventurados os inocentes - Instituto Humanitas Unisinos - IHU