Após 18 anos, fazendeiro é condenado pela morte de trabalhador rural

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

03 Novembro 2016

O ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos Menezes Prochet, foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão, em júri popular, pela morte de um trabalhador rural sem-terra.

O júri popular foi realizado nesta segunda-feira (31), em Curitiba. Foram quase 15 horas de julgamento.

A informação é publicada por Portal Paraná, 02-11-2016.

Seis testemunhas do conflito armado foram ouvidas pelo júri. Quatro delas viram o momento em que Sebastião Camargo foi morto e reconhecem Prochet como autor do disparo.

Depois de ouvidas as testemunhas, a defesa e a acusação, o júri responsabilizou Marcos Prochet pela morte de Sebastião Camargo. O fazendeiro deve recorrer da decisão.
Caso

Este é o quarto fazendeiro condenado por envolvimento no assassinato do agricultor.

Sebastião Camargo foi morto aos 65 anos durante um despejo ilegal. O caso aconteceu em 1998, em uma fazenda no município de Marilena, região Noroeste do Paraná.

Na época, as terras estavam em processo de desapropriação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e seriam destinadas à reforma agrária.

Demora

A Promotoria fez críticas, durante o julgamento à morosidade do andamento processual. O caso precisou de 18 anos para chegar a uma sentença. Nas últimas duas décadas, a defesa de Prochet entrou com uma série de recursos para evitar o júri popular.

Além disso, o primeiro julgamento do caso, realizado em 2013, foi anulado pela Justiça um ano depois.

Decisão histórica

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) considera a decisão histórica. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, apenas 6% das mortes de agricultores, com envolvimento de latifundiários, são investigadas.

Leia mais