O bispo que não quer escudo nem lema episcopal: “Descobri lendo Martini que não é obrigatório”

Giuliano Brugnotto (Foto: Diocesi Di Treviso | Wikimedia Commons)

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

15 Dezembro 2022

 

  • "Descobri que não é obrigatório. Desde o final dos anos 60, Paulo VI, com a revisão de todas as insígnias pontifícias, ordenou que se fizesse, por isso não é obrigatório";

  • Já em setembro passado, quando foi notificado da sua nomeação, anunciou que não queria ser chamado de 'Excelência'. "Uma relíquia de tempos passados", disse ele então;

  • "E o que é importante?", perguntam. "A relação do bispo com o presbitério. É preciso caminhar juntos. Pároco e sacerdotes estão ligados".

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Ditial, 14-12-2022. 

Desde 11 de dezembro passado, Giuliano Brugnotto é o novo bispo da diocese italiana de Vicenza. Mas não procure os motivos que enfeitam seu brasão episcopal nem se preocupe em rastrear o lema que acompanhará seu ministério. Nem ele se entreteve em projetar um nem parou para cunhar o outro. “Não acho que seja tão importante e necessário”, diz ele em entrevista ao La Voce dei Berici.

Já em setembro passado, quando foi notificado da sua nomeação, anunciou que não queria ser chamado de 'Excelência'. "Uma relíquia de tempos passados", disse então. Agora, nem lema nem escudo. “Descobri que não é obrigatório. Desde o final dos anos 60, Paulo VI, com a revisão de todas as insígnias pontifícias, ordenou que se fizesse, por isso não é obrigatório”.

Esta descoberta, da qual se apropriou imediatamente, foi feita por Monsenhor Brugnotto “lendo um escrito de Carlo Maria Martini. Ele o quis porque precisava dele para comunicar o caráter de seu ministério episcopal. O que me parecia ultrapassado era o brasão propriamente dito, vem de famílias aristocráticas e nobres e também foi passado para os bispos . Não acho que seja tão importante e necessário."

"Como Santa Teresa, eu não sabia qual era o meu carisma"

Quanto ao lema, admite que “não sabia qual escolher”. “Tinha tantas expressões que eu gostava... Me sentia como Santa Teresa, que não sabia qual era o seu carisma, porque gostava de todas. Depois acabou descobrindo o seu. Eu vou descobrir o meu enquanto eu for."

“E o que é importante?”, perguntam. "A relação do bispo com o presbitério. É preciso caminhar juntos. Pároco e sacerdotes estão ligados: um bispo não pode ser bispo sem sacerdotes, e os sacerdotes não podem viver sem a figura do pároco. Terei que descobrir e aprender bastante".

Leia mais